O mercado brasileiro de autopeças projeta um crescimento de 5% em 2025, com faturamento estimado em R$ 269,5 bilhões, segundo dados do setor. O avanço é impulsionado por uma combinação de fatores, como o envelhecimento da frota nacional, a digitalização da cadeia de suprimentos e o fortalecimento do comércio eletrônico.
Com a idade média dos veículos ultrapassando os 10 anos, cresce a procura por peças de reposição e serviços de manutenção, especialmente no segmento de aftermarket. Essa realidade tem levado distribuidores e varejistas a diversificar seus estoques e investir em soluções tecnológicas para atender com mais eficiência às oficinas e consumidores finais.
E-commerce e inovação ganham força
O comércio eletrônico de autopeças já movimenta cerca de US$ 4,4 bilhões no país e deve alcançar 94 milhões de consumidores em 2025. Plataformas digitais integradas entre fabricantes, distribuidores e oficinas estão otimizando processos logísticos, reduzindo prazos de entrega e ampliando o alcance das marcas.
Além disso, tecnologias como inteligência artificial e sensores veiculares vêm transformando o diagnóstico automotivo e a gestão de estoque, permitindo maior precisão na reposição de componentes e na manutenção preventiva.
Novos investimentos e desafios
A indústria de autopeças também se prepara para atender às demandas dos veículos elétricos e híbridos, que exigem componentes específicos e novas competências técnicas. Estima-se que o setor receba R$ 6,1 bilhões em investimentos em 2024, reforçando a produção local e a adaptação às tendências globais.
Para distribuidores e varejistas, o momento é de oportunidade. A capilaridade digital, a diversificação técnica e o foco em qualidade são os principais diferenciais competitivos em um mercado cada vez mais exigente e conectado.
Com esse cenário, o Brasil se consolida como uma força crescente no mercado global de autopeças, combinando tradição industrial com inovação e agilidade comercial.