segunda-feira, 19 de maio de 2014

Oposição faz exigências para continuar diálogo com governo da Venezuela

Após reunião com os ministros da Unasul, União de Nações Sul-Americanas, do Brasil, Colômbia e Equador, além de representante do Vaticano, foram divulgadas, nesta segunda-feira (19), as exigências de grupo anti-governo para dar sequência às negociações com o governo da Venezuela.

Ramón Guillermo Aveledo, secretário executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), explicou aos jornalistas que uma delas era sobre os - ao menos 6 mil - “casos dos presos políticos, asilados e processados" e pela elaboração de um relatório sobre as violações dosdireitos humanos durante a repressão aos manifestantes.
A oposição exige ainda que seja criada Comissão da Verdade não-partidária com o objetivo de investigar as cerca de 41 mortes no país desde o início das manifestações, em fevereiro. O grupo, porém, não quer que essa investigação seja comandada pelo presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
processo de negociação foi congelado na semana passada pela oposição para protestar contra as prisões em massa durante os protestos e porque, segundo eles, o diálogo não estava dando resultados.
Já o presidente Nicolás Maduro insistiu que não irá "se levantar da mesa de diálogo" e atribuiu a suspensão a "grandes pressões", lembrando que "o simples diálogo e o debate são um resultado positivo."
Novas manifestações
Na semana passada, autoridades da Venezuela disseram terem libertado a maior parte dos 243 jovens detidos quando acampavam em praças e ruas de Caracas em protesto contra ogoverno socialista de Nicolás Maduro, ação que foi criticada pela ONU.
A desmontagem de quatro acampamentos em áreas de classe média da capital e as detenções de manifestantes reavivaram os protestos que agitam o país desde fevereiro.
De acordo com uma declaração da Procuradoria, oito dos detidos no ataque contra os acampamentos foram transferidos para uma prisão no centro de Caracas e três deles a uma cadeia do serviço de inteligência, por crimes como "posse ilegal de arma de fogo", "incitação à desobediência", "dano violento à propriedade" e "conspiração" para o crime.
Portal IG