"A doença constitui, em várias partes do mundo, um importante problema de saúde nas prisões, inclusive nos países de alta e média endemicidade, pelo número de casos e frequência de formas resistentes e multirresistentes que é elevada nas prisões", considera a diretoria-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES, Roselene Hans Santos. A tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil, que juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença. O estado ocupa o 40º lugar em taxa de detecção da doença e o 2º lugar em coeficiente de mortalidade por tuberculose no país.
O Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco abriga atualmente cerca de 22.170 presos distribuídos em 18 unidades prisionais em condições favoráveis à transmissão da doença. O risco de adoecer nas prisões no Brasil é 40 vezes superior à da população geral, dado este que se assemelha ao do estado de Pernambuco. No ano de 2011, foram detectados 238 casos de tuberculose nos presídios do estado, isso corresponde a 5,5% dos 4.293 casos notificados em todo estado no mesmo ano.
"A implantação destes serviços para diagnóstico da tuberculose no Cotel é de importância estratégica, pois o centro é a porta de entrada ao sistema prisional do estado e também funcionará como apoio diagnóstico de casos suspeitos de tuberculose para as demais unidades prisionais, adequando o custo/benefício, evitando deslocamentos dos reeducandos às unidades de saúde para realização de tais procedimentos", pontua a gerente-geral da Gerência de Doenças Transmitidas por Micobactérias da SES, Ana Lúcia Alves de Souza. A ação tem o apoio do Fundo Global para a Tuberculose e do Ministério da Saúde.
Secretaria de Ressocialização de Pernambuco
