Durante o Setembro Dourado — campanha mundial de conscientização sobre o câncer infantojuvenil — especialistas destacam o avanço da cirurgia robótica como uma aliada poderosa no tratamento da doença. Com cortes menores, menos dor e recuperação acelerada, a tecnologia vem transformando a abordagem cirúrgica em pacientes pediátricos.
📊 Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 7.930 novos casos por ano entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Embora a taxa de cura possa ultrapassar 80% com diagnóstico precoce, o país ainda enfrenta desigualdades no acesso ao tratamento.
🧠 Os tipos mais comuns incluem leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas. A cirurgia robótica surge como alternativa menos invasiva, com maior precisão e preservação de tecidos — essencial para o desenvolvimento físico das crianças. “O robô é uma extensão multiplicadora das mãos do médico”, explica o cirurgião pediátrico Fábio Contelli, do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).
🏥 A técnica já foi aplicada com sucesso em crianças pequenas em centros de referência no Brasil. Contelli reforça que democratizar o acesso é fundamental: “Não basta ter a tecnologia; é necessário que ela chegue a todas as crianças, independentemente da cidade onde vivem.”
🛠️ Um marco recente foi a recomendação da Conitec para incorporar a prostatectomia robótica ao SUS, o que pode abrir caminho para o uso da tecnologia em outras especialidades, inclusive na pediatria — desde que haja qualificação dos centros e treinamento das equipes.
🚧 Ainda há desafios: os serviços de alta complexidade estão concentrados em poucas capitais, obrigando famílias a viajar longas distâncias em busca de atendimento. Isso reforça a urgência de políticas públicas que ampliem a rede de oncologia pediátrica, invistam em centros regionais e ofereçam suporte integral às famílias.
💛 Além da tecnologia, o cuidado humanizado é essencial. Acompanhamento psicológico, atenção às necessidades sociais e suporte educacional fazem toda a diferença. “Tratar o câncer infantil não é apenas combater o tumor. É cuidar da criança e da família em todas as suas dimensões”, afirma Contelli.
🚨 O diagnóstico precoce continua sendo a principal arma. Sinais como febre persistente, manchas roxas, caroços, dores de cabeça constantes ou perda de peso inexplicada devem ser investigados imediatamente.