O Porto de Suape e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca de Pernambuco firmaram uma parceria inédita para fortalecer o escoamento da produção agropecuária do Estado. Batizada de Pacto pelo Agro, a iniciativa marca a criação de um comitê permanente de trabalho voltado à ampliação das operações logísticas e à superação de gargalos no complexo industrial portuário.
O lançamento da estratégia ocorreu na sede da secretaria e reuniu o secretário Cícero Moraes e o diretor-presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, além de representantes técnicos e especialistas do setor. A proposta é consolidar Pernambuco como polo exportador, com foco na competitividade e na integração entre governo, produtores e operadores logísticos.
Segundo Cícero Moraes, o pacto representa um gesto histórico de colaboração. “Estamos dando o pontapé de um movimento permanente, que vai gerar impacto para o desenvolvimento do nosso Estado. Vamos trazer todos à mesa de discussões para implementar um plano concreto de ação com produtores, técnicos, exportadores e a diretoria de Suape”, afirmou.
A iniciativa também prevê soluções de médio e longo prazo, incluindo alternativas para importação de insumos e modernização da infraestrutura logística. Um dos destaques é a chegada do terminal privado APM Terminals Suape, com início de operação previsto para o segundo semestre de 2026. O investimento de R$ 1,6 bilhão será o primeiro 100% elétrico da América Latina, com foco em sustentabilidade e tecnologia de ponta.
De acordo com Armando Monteiro Bisneto, o novo terminal deverá absorver cerca de 35% da movimentação atual do porto, oferecendo estruturas modernas para cargas refrigeradas e câmaras frias voltadas ao agronegócio. “A expectativa é que o terminal represente uma mudança estrutural no ambiente logístico de Pernambuco, ampliando a eficiência no escoamento da produção e fortalecendo Suape como um dos principais hubs portuários do país”, destacou.
Além do projeto da APM Terminals, Suape também está recebendo investimentos em infraestrutura, como a construção dos Cais 6 e 7, com aporte de R$ 600 milhões, e a instalação do Terminal de Granéis Sólidos, com capacidade para movimentar até 770 mil toneladas por ano. Atualmente, o porto já é referência na exportação de carne bovina, com a Masterboi destinando 90% de sua produção para cerca de 20 países via o complexo.
