O ator Júlio emocionou o público em um encontro especial realizado no Marco Zero, em Recife, local simbólico que marca o nascimento da cidade e abriga a emblemática escultura de Brennand. O evento, que reuniu imprensa e admiradores, serviu como um momento de reflexão sobre sua trajetória artística e a construção de personagens marcantes ao longo dos anos.
“Esses dias foram importantes para entender como cheguei até aqui. Revisitei trabalhos, memórias… e estou muito feliz, de verdade”, confessou o ator visivelmente emocionado. Reconhecido por sua entrega visceral aos papéis que interpreta, Júlio foi questionado sobre sua metodologia de atuação, especialmente em personagens de forte impacto emocional, como o icônico Lampião, da obra Maria e o Cangaço, ou mais recentemente o controverso personagem em Vale Tudo.
Júlio explicou que sua abordagem começa sempre pela escuta: “Minha metodologia é me abrir para o projeto, entender o que o diretor está pensando, o que meus colegas estão trazendo. Nunca chego com algo fechado de casa.” Ele destacou que o processo é sempre construído de forma coletiva, e que prefere o desafio à zona de conforto. “Gosto do risco, de me jogar. O que me interessa são as infinitas possibilidades de uma cena.”
O ator contou ainda que, em preparação para um novo longa, tem vivido experiências em escolas como forma de alimentar o olhar observador — ferramenta essencial, segundo ele, para dar vida a personagens autênticos e tocantes.
Com uma carreira marcada pela coragem criativa e uma profunda conexão com o coletivo, Júlio reforça que atuar é, acima de tudo, um mergulho no desconhecido.
