sexta-feira, 3 de outubro de 2025

🤖 Uma jornada exponencial de transformação contada por Marcelo Tas


Recife, PE — Em uma palestra memorável durante o 21º Congresso Internacional de Inovação na Educação, o público foi conduzido por uma verdadeira viagem no tempo e na tecnologia — da homenagem à mestra Vilma Guimarães à reflexão sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na sociedade contemporânea.

📡 A abertura do encontro prestou tributo à trajetória de Vilma Guimarães, referência no campo telecomunicacional, e serviu como ponto de partida para discutir como o ser humano reage à mudança — especialmente à disrupção tecnológica.

😨 O medo como ferramenta de transformação

Segundo o palestrante, o medo é essencial para a sobrevivência e para a tomada de decisões conscientes. “O medo é maravilhoso”, afirmou, destacando seu papel na preparação e na coragem diante do novo. Essa perspectiva foi usada para introduzir o tema da IA generativa, como o ChatGPT — lançado em 2022 e já considerado “antigo” sob a ótica exponencial.

🧠 A história da IA, no entanto, é longa. Começa em 1948 com o paper de Claude Shannon, Uma Teoria Matemática da Comunicação, e passa por marcos como:

- 📍 1956: Primeira conferência de IA no Dartmouth College  
- 🌐 1969: Surgimento da Internet  
- ♟️ 1997: Derrota de Garry Kasparov para o IBM Deep Blue  
- 🎲 2016: Derrota do campeão de Go para o Google DeepMind, marco do aprendizado de máquina

Esses eventos mostram que a IA atual é fruto de décadas de evolução tecnológica.

📱 A “tabuletinha” e a rede mundial de pessoas

Outro ponto alto da palestra foi a análise do impacto do smartphone — apelidado de “tabuletinha” — lançado em 2007. O dispositivo, hoje uma extensão do corpo humano, é visto como uma “máquina de ouvir” e uma ferramenta poderosa de educação.

📺 O sucesso de programas como o CQC foi atribuído à sua natureza “nativa digital”, que soube ouvir o público pelas redes sociais antes mesmo da estreia. A mensagem é clara: não vivemos apenas em uma rede mundial de computadores, mas sim em uma rede mundial de pessoas — potente, mas cheia de ruídos.

🐘 O viés e o elefante na sala

Para ilustrar os perigos do viés, foi contada a parábola dos sete sábios cegos e o elefante. Cada um tocava uma parte do animal e descrevia com precisão, mas sem enxergar o todo. “Ninguém vê o mesmo problema, ninguém vê o mesmo elefante”, provocou o palestrante, alertando para os riscos de agir com base em interpretações parciais — especialmente em tempos de comunicação acelerada.

📸 O “efeito câmera” também foi abordado, comparando a plateia que filmava LeBron James em 2023 com a que vivia o momento com Michael Jordan em 1998. A tecnologia, quando usada sem consciência, pode distanciar a experiência humana.

🚢 O Trim Tab e a mudança de rumo

Encerrando com uma analogia poderosa, o palestrante apresentou o conceito de Trim Tab, do filósofo Buckminster Fuller. Trata-se de uma pequena superfície no leme de um navio que, ao ser acionada, facilita a mudança de direção da embarcação.

👥 Na prática, o Trim Tab representa os agentes de mudança dentro das equipes — pessoas que devem ser reconhecidas e capacitadas. “Ninguém faz mudança sozinho”, reforçou.

📣 A frase de Fuller resume o espírito da palestra:  
"Você nunca muda as coisas brigando com a realidade existente. Para mudar alguma coisa, construa um novo modelo que faça o anterior ficar obsoleto."

🇧🇷 O Brasil, com sua histórica abertura à inovação, tem papel promissor nesse cenário. Mas a lição final é clara:  "Quem não quiser ser substituído por um robô, basta não trabalhar como um robô."