quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Escolas recebem o projeto "Cordel: novos tempos, novos leitores

Um projeto das professoras e pesquisadoras Shirley Rodrigues e Eulina Fraga vai levar a arte do Cordel a algumas escolas públicas do Estado. A ideia é propor o resgate e a valorização dessa arte popular junto aos estudantes do ensino médio. O projeto "Cordel: novos tempos, novos leitores” tem por objetivo trabalhar a poesia e o cordel em forma de oficinas, buscando ser um atrativo cultural e motivador da leitura, como também difundir a cultura popular do cordel. Nesta primeira etapa, as oficinas vão acontecer em três escolas de ensino médio, sendo duas no Recife, nos bairros de Nova Descoberta e Macaxeira, e uma na cidade sertaneja de Custódia.
“Por meio das oficinas vamos mostrar a importância do cordel na evolução da história da literatura do Brasil. Apresentar as várias formas de se utilizar o cordel na sala de aula por exemplo: leituras jogral, esquetes teatral e musicado. Incentivar a produção escrita e valorizar os novos talentos, repassar aos poetas-escritores técnicas de aperfeiçoamento da produção artesanal do folheto de cordel”, explica a professora e cordelista Shirley Rodrigues. A primeira oficina começa na próxima segunda-feira (19) e encerra no dia 23 de agosto. Durante uma semana, os alunos da escola estadual Rotary, em Nova Descoberta, terão contato com o universo das rimas e versos da literatura de cordel.
Cada oficina terá cinco atividades, que serão distribuídas da seguinte forma: Contexto histórico e pesquisa sobre o cordel; Técnicas de produção de textos de cordéis, métrica e rima; Produção individual dos alunos; Técnicas da xilogravura; e Produção escrita e gráfica dos cordéis. O projeto das oficinas será destinado ao público em geral com faixa etária superior a 14 anos. “A oficina resgatará e valorizará a literatura de cordel motivando-os ao interesse pela cultura, leitura e a escrita”, reforça.
Uma das preocupações das idealizadoras do projeto é com a inclusão e a participação de todos os estudantes nas oficinas. Para isso, nas turmas haverá uma professora de braile/libras para auxiliar os alunos com deficiência auditiva e visual. “A literatura de cordel trata de temas simples do cotidiano das pessoas e de forma diversificada de vivências. Por trabalhar com a realidade, cada participante pode sentir-se parte da história, o que contribui para a melhoria do ensino e aprendizagem. Por isso, queremos que todos participem”, destaca.