Um ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, fez pelo menos doze mortos. Dois homens armados entraram na sede do jornal no final da manhã e dispararam sobre a redação. A polícia de Paris, citada pelo jorna lLibération, confirma que duas das vítimas são policiais e dez são jornalistas e cartunistas.
O mesmo representante da polícia confirmou que dois homens armados com armas automáticas e espingardas terão entrado na sede do jornal esta manhã de quarta-feira, com o rosto coberto.
Segundo o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, são três os homens envolvidos no atentado, embora não seja claro o papel do terceiro.
"Abriram fogo sobre todos, foi um verdadeiro massacre", contou a fonte policial ao Libération. "Depois os indivíduos saíram, e houve outro tiroteio com a polícia."
Jornalistas que se encontravam num edifício próximo da sede do Charlie Hebdo conseguiram filmar os atacantes, num vídeo em que se ouve "Allahu Akbar" (Deus - ou Alá - é grande).
Testemunhas ouvidas pela polícia disseram ainda que os atacantes gritaram "Vingámos o profeta", segundo o jornal Le Monde.
Em seguida, os atacantes terão fugido num automóvel preto de marca Renault, dirigindo-se para a zona de Porte de Pantin, no norte de Paris, onde, segundo o Figaro, atropelaram um transeunte. A seguir a isso, trocaram de carro, roubando a viatura a um condutor, que expulsaram do carro. Foi nesse momento que, segundo uma testemunha, se identificaram como sendo da Al-Qaeda no Yemen.
Vítimas - O diretor e mais três cartunistas do jornal satírico francês "Charlie Hebdo", alvo de um ataque a tiros em sua sede em Paris nesta quarta-feira (7), morreram no atentado. Ao menos 12 pessoas, sendo dois policiais, foram mortas no ataque.
De acordo com o jornal francês "Le Figaro", entre as vítimas estão Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e diretor da publicação, e o também cartunista Jean Cabut, que usa o nome de Cabu. Foram mortos ainda os cartunistas conhecidos como Wolinski e Tignous.
Há relatos de que os atiradores estavam chamando as vítimas pelo nome, o que sugere que o ataque foi planejado com antecedência.
Repercussão - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reagiu condenando este ataque terrorista revoltante, e expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo.
"Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa", declarou Cameron em sua conta no Twitter.
O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, disse que a ação foi um "ataque" contra a liberdade de expressão e manifestou sua solidariedade com "as vítimas, famílias e colegas".
A Casa Branca também condenou o atentado. "Todos na Casa Branca estão junto às famílias daqueles que foram mortos ou feridos neste ataque", declarou o porta-voz Josh Earnest, falando à MSNBC.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, comentou o incidente e disse que "o ataque na Fraça não é apenas um ataque aos cidadãos franceses, mas a liberdade de imprensa e de expressão".
O presidente da comissão europeia, Jean-Claude Juncker, disse estar "profundamente chocado pelao ataque brutal aos escritório da Charlie Hebdo. Esse ato intolerável, bárbaro desafia todos nos como seres humanos e europeus".
Com informações dos portais Diario de Notícias (Portugal), UOL, Terra e Agências Internacionais