Deste o dia 31 de outubro, operários e operárias das obras da refinaria Abreu e Lima e petroquímica, na região de Suape, Pernambuco, estão parados(as) cobrando o cumprimento de uma cláusula do acordo da campanha salarial de 2012, onde garantia a equiparação dos salários entre funções iguais no conjunto da obra, hoje com orçamento em mais de R$20 bilhões.
Usada como vitrine, pelo governador Eduardo Campos (PSB), o projeto Suape, foi descrito pelo ministro do trabalho, do governo Dilma, enviado ao Recife para acabar com a greve, e não conseguindo, como “um barril de pólvora”.
Suape tem sido uma fonte de dores de cabeça aos governos federal e estadual, pois os conflitos trabalhistas, greves, protestos, manifestações e violência tem sido parte da historia deste empreendimento em Pernambuco. Sob a gestão de Eduardo Campos, e com a parceria do PT, as empresas envolvidas na construção do complexo, Refinaria e Petroquímica, passaram dos limites que elas tanto exigem dos operários e operárias, não respeitando um acordo assinado e ainda usando judiciário contra os(as) trabalhadores(as), ameaçando e demitindo trabalhadores(as) que apenas estão reivindicando um acordo assinado.
Matérias nos grandes meios de imprensa da região escritas nos últimos dias, tem publicado declarações de ministro de Estado, Deputados, centrais sindicais, sobre a situação de Suape, e região, ao mesmo tempo vemos, outras obras do PAC onde os operários também entrando em greve, como em Belo Monte e Trasnordestina, de conjunto agora, há duas semanas os trechos do Ceará e Piauí, estão parados, agora junta se a eles os trabalhadores de Pernambuco, e não é coincidência, vamos aos fatos.
Recife e região foi onde o custo de vida mais aumentou no último período no país, o regime de semiescravidão e isolamento em Belo Monte e a remuneração baixa demonstram por si só o desespero dos trabalhadores naquela região de difícil acesso, isolada, onde tudo que se tem que comprar é caro, e agora a Policia Civil, acusa a CSP CONLUTAS de estar por trás do quebra-quebra nas obras, como se as condições de trabalho selvagens a que estão submetidos os trabalhadores não fossem motivos de revolta.
Isto é um conjunto de situações, péssimas condições de trabalho, baixos salário, e a não perspectiva de ascensão dos mais novos, como estas questões não são atendidas pelos grandes empresários, as explosões e longos conflitos viram rotina, ou uma necessidade.
Aqui, como em outras vezes queremos manifestar nosso mais irrestrito apoio aos trabalhadores e trabalhadoras nas obras em Suape, pela imediata aplicação do acordo de 2012 sobre a equiparação salarial, função igual salário igual!!!
Não a intervenção da policia de Eduardo Campos, Os trabalhadores não são bandidos!!!
Que os consórcios sejam punidos ao não atenderem os trabalhadores, o governo federal deve punir as empresas que não cumprirem o acordo coletivo!
Texto: Renato Lobato
PSTU/Recife