quarta-feira, 21 de maio de 2025

Saúde mental no trabalho: como prevenir o Burnout e outros transtornos


O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental que afeta diretamente trabalhadores e empresas. Dados do Ministério da Previdência Social revelam que, em 2024, quase meio milhão de profissionais foram afastados por motivos relacionados à saúde mental, o maior índice em uma década.  

Entre os transtornos mais comuns estão ansiedade, síndrome do pânico, depressão e a síndrome de Burnout, resultante do estresse crônico no ambiente corporativo. Segundo especialistas, a pressão por resultados, jornadas exaustivas e lideranças despreparadas contribuem para o adoecimento de profissionais.  

A psicóloga Michéli Meira, fundadora da Pontis Consultoria, alerta que o Burnout não é apenas um estresse passageiro. “É um colapso físico e emocional profundo, que não se resolve com descanso. Afeta a produtividade e a qualidade de vida”, explica.  

Os principais sintomas incluem cansaço extremo, insônia, dores físicas, irritabilidade, apatia e isolamento. Culturas empresariais focadas apenas em metas aceleram o esgotamento dos funcionários. “Quando a performance se torna prioridade absoluta, sem espaço para acolhimento, os riscos aumentam”, afirma Michéli.  

A prevenção é essencial para evitar esse desgaste. Empresas que promovem diálogo, gestão humanizada e valorizam o bem-estar dos funcionários reduzem significativamente os casos de Burnout. Michéli ressalta a importância da escuta ativa no ambiente de trabalho. “Ouvir sem julgamentos cria um espaço seguro para que as pessoas busquem ajuda antes que o problema se agrave”, destaca.  

O diagnóstico da síndrome deve ser feito por profissionais de saúde mental e pode incluir psicoterapia, técnicas de mindfulness e, em casos mais graves, afastamento temporário do trabalho. No entanto, medidas preventivas, como pausas adequadas e suporte psicológico, são fundamentais para evitar o adoecimento dos colaboradores.  

Com a atualização da NR-1, norma de saúde e segurança no trabalho, prevista para os próximos meses, as empresas precisam estar atentas. “Mais do que cumprir a lei, é necessário um compromisso real com o bem-estar dos funcionários”, reforça Michéli.  

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