Um a cada dois casos de cegueira no mundo são causados pela catarata. Ao todo, esse número chega a 20 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde. A catarata é a maior causa de cegueira reversível no mundo e é uma das doenças oculares mais comuns, em especial nas pessoas acima dos 50 anos, embora também atinja pacientes mais jovens.
“A catarata é uma doença que ocorre quando a lente natural do nosso olho passa a perder transparência. Ela vai progredindo com o passar do tempo e afetando cada vez mais a visão”, alerta a oftalmologista Bruna Ventura, do HOPE, hospital que integra a rede Vision One.
De acordo com o IBGE, 38,6% das mulheres acima dos 60 anos sofrem com a doença, enquanto nos homens esse número é de 29,4%. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 30% dos brasileiros acima dos 60 anos sofrem com a doença. Pessoas de 65 a 74 anos são 33,9% e maiores de 75 anos registram 55,5% dos afetados pela catarata.
Entretanto, é possível desenvolver a doença por outras razões. “Apesar da maioria dos casos ser em pacientes acima dos 50 anos, também ocorrem em outras idades. Bebês podem já nascer com catarata, ou uma criança desenvolver a doença na infância. Se você se automedica com corticoides, também pode desenvolver catarata, ou após uma pancada no rosto ou no olho, por exemplo. Daí a importância de manter uma rotina de idas ao oftalmologista ao longo da vida, mesmo que o paciente não esteja sentido nada”, diz a oftalmologista Bruna Ventura.
Além da visão embaçada, os principais sintomas da catarata incluem piora da sensibilidade à luz solar, lâmpadas ou faróis; ver um halo ao redor das luzes do farol, especialmente quando você dirige à noite; dificuldade em enxergar à noite e mudanças na maneira como se enxergam as cores.
O tratamento é um só: cirurgia. A oftalmologista Bruna Ventura explica que apesar de alguns pacientes sentirem apreensão com a possibilidade de operar o olho, o procedimento é bastante seguro. “A partir do momento que o médico identifica que a catarata está atrapalhando a visão do paciente, o tratamento é cirúrgico. É uma cirurgia indolor, rápida e com ótima recuperação. O paciente é operado e vai para casa no mesmo dia”, afirma a especialista do HOPE.
