sábado, 24 de maio de 2025

#SendoProsperidade com Mariângela Borba


Dia Nacional do Café: Produtividade, Bem-Estar e Cultura Brasileira

Por Mariângela Borba

Olá você leitor do #SendoProsperidade, tudo bem? Você sabia que o nosso tão amado café tem um dia dedicado só para ele nacionalmentetambém – alémdo mundial? E é comemorado neste 24 de maio, porque é o dia em que os produtores começam a fazer a colheita do grão que, geralmente, demora dois, três ou quatro anos para germinar e por isso é tão celebrado. Ah, e convenhamos, o café também merece um dia para ser chamado de seu, ele que está em nossas vidas pessoais e profissionais desde o momento em que acordamos de manhã, até durante aquela reunião difícil com a equipe, na mesa de trabalho e naquela pausa necessária para repor as energias e voltar com tudo. Aliás, a história do Café no Brasil começou no ano de 1727, quando ele aqui chegou, fomos nos desenvolvendo e hoje o Brasil é considerado o maior produtor de grãos do mundo.

O café une tribos, ajuda a colocar o papo em dia e, apesar do amargo, deixa as horas mais doces, menos tensas e mais leves. Mas, será que existe uma relação comprovada entre café e produtividade? Quais são os fatores que tornam o tão amado cafezinho uma necessidade do ambiente de trabalho.

Existe sim uma relação comprovada entre café e produtividade. Vários estudos científicos mostram que o consumo moderado da bebida pode, significativamente, aumentar a produtividade e o desempenho no trabalho. A exemplo, cito aqui uma pesquisa da Stanford Graduate School of Business revelando que pequenas pausas para tomar café melhoram o bem estar, a concentração e a capacidade de resolver problemas. O café atua como um estimulante psicológico, aumentando a energia e a memória, além de facilitar a interação social entre colegas, criando um ambiente de trabalho mais colaborativo

A cafeína, segundo estudos, se liga aos receptores de adenosina, fazendo com que seja possível causar uma sensação de alerta, de diminuição do sono e maior foco e concentração. Mas, vale lembrar que cada metabolismo reage de uma maneira e que o café pode ser um excelente combustível para uns, enquanto, para outros, pode reativar crises de ansiedade ou até mesmo trazer insônia. Afinal, cada ser humano tem a sua singularidade.

Além disso, um estudo publicado no Journal of Psycopharmacology indica que a cafeína pode melhorar o humor e a percepção de desempenho em atividade coletivas, uma vez que ela bloqueia os receptores de adenosina no cérebro, reduzindo a sensação de cansaço e aumentando a disposição para o trabalho.

Pesquisas também sugerem que o café pode aumentar a capacidade de atenção e a memória de curto prazo. Por exemplo, se a gente consumir de duas a três xícaras por dia, isso pode resultar um aumento de 20% da produtividade. Por quê? Ora, porque a cafeína estimula a liberação de neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina, essenciais para manter o foco e a disposição. Além disso, ele melhora o humor, dando alerta e aumentando a função cognitiva.

 Daí você daí do outro lado pode estar dizendo que com o preço do Café, não dá nem para consumir direito. Sim, é verdade que o consumo do Café diminuiu no Brasil devido à alta dos preços. Segundo o IBGE, essa alta contribuiu para a inflação, com o café moído sendo um dos principais responsáveis pelo aumento do IPCA ().

A produção do café no Brasil também caiu 1,6% em 2024 e a expectativa é de que ela seja ainda menor neste 2025. Além disso, a alta dos preços foi impulsionada pela crescente demanda, especialmente da China, o que elevou as exportações brasileiras. Essa situação pressionou ainda mais os preços internos, encarecendo ainda mais o café. Diante desse cenário, o consumo de café no Brasil está enfrentando desafios, com uma queda de 16% no consumo. A alta dos preços, aliada à inflação geral, tem levado os consumidores a repensarem seus hábitos, tornando o café um item de luxo ao invés de um item cotidiano.

Daí você leitor pode estar se perguntando se só a inflação fez o preço do Café subir? Com toda convicção, assevero que não. São uma série de fatores. Primeiro, tivemos problemas climáticos sérios, como secas nas regiões produtoras do Brasil, o que diminuiu a oferta. Além disso, a produção caiu bastante, cerca de 10,5%, assim como o ciclo natural do café tem anos de alta e baixa produção - e estamos num ano de baixa.

Outro fator é que, apesar da nossa moeda ser o real, o dólar está alto o que faz com que produtores prefiram exportar para obter mais lucro. Consequentemente, os preços aqui no Brasil se elevam – é a velha lei da oferta e da procura. Sem falar que os custos de produção também aumentaram, a exemplo da mão de obra e do transporte. Para completar, a produção mundial também foi afetada, principalmente no Vietnã, que também sofreu problemas climáticos. A China está demandando mais café e os estoques globais estão menores.

E aí, até que ponto dá para sustentar o cafezinho? Para você, ele também é indispensável ou dá para substituí-lo por alguma outra alternativa como chás, sucos ou até mesmo alguma outra bebida quente, como o chocolate? No final, o importante é encontrar algo que dê energia e prazer, não é mesmo?

Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana, pela Fafire, atuou como representante da Pastoral de Comunicação da AOR, onde realizou o Curso de Doutrina Social da Igreja e é membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, o também jornalista Edmundo Celso.