O impacto da alimentação na saúde mental tem sido cada vez mais reconhecido por especialistas. Estudos indicam que uma dieta adequada pode atuar na prevenção e no tratamento de transtornos psicológicos como depressão e ansiedade, problemas que se tornaram ainda mais frequentes após a pandemia da Covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 1 bilhão de pessoas no mundo convivem com algum tipo de transtorno mental, e o Brasil lidera os índices de ansiedade na América Latina.
De acordo com o nutricionista Alcides Caminha, da clínica Reconciliar, determinados nutrientes têm papel fundamental na regulação do humor, como ômega-3, magnésio, zinco, vitaminas do complexo B, vitamina D e alimentos fermentados. “A ciência tem mostrado que existe uma forte ligação entre o que comemos e a forma como nos sentimos”, afirma.
Modelos alimentares baseados em ingredientes frescos, naturais e minimamente processados são apontados como benéficos à saúde mental, enquanto dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e gorduras trans podem favorecer processos inflamatórios que afetam negativamente o cérebro. Além da nutrição, outros fatores como atividade física, sono adequado e equilíbrio emocional são essenciais para o bem-estar.
Nesse contexto, o trabalho do nutricionista vai além do controle de peso e da estética, tornando-se um suporte para a saúde emocional e comportamental. O entendimento sobre a influência da alimentação na mente reforça a necessidade de uma abordagem holística na promoção do bem-estar.
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