Podcast Taís Paranhos

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Auxílio na Educação: TV é instrumento importante para famílias de menor renda



No passado, a ideia de crianças brincando na porta de casa parecia sinônimo de uma infância saudável. Atualmente, é motivo de preocupação para muitos pais. O aumento da criminalidade e de confrontos nas ruas torna o ambiente externo cada vez mais hostil para crianças e adolescentes, limitando suas oportunidades de lazer fora de casa.

Nesse contexto, a televisão se consolida como um instrumento importante de auxílio às mães de menor renda, oferecendo conteúdo educacional gratuito e seguro para as crianças, ao mesmo tempo em que proporciona um ambiente controlado em comparação com as ameaças do mundo exterior.

Para Simone Lavorato, pedagoga doutora em Educação e psicóloga especialista em Neurociência e Aprendizagem, o uso da TV como “rede de apoio” nesse contexto é visto com bons olhos, desde que exista um filtro da programação escolhida pelas crianças. “No caso das famílias de menor renda, a gente sabe que às vezes a única coisa que a mãe pode oferecer para manter a criança dentro de casa é a televisão. Como cuidado, é ideal escolher um programa que realmente tenha um conteúdo que vá contribuir para o desenvolvimento da criança, e que seja adequado para a idade. Por isso, a companhia de um adulto também é importante para monitorar o que a criança está assistindo”, explica. 

Na nova parabólica digital, desenhos e outros programas educativos, voltados para crianças e adolescentes, estão distribuídos entre os mais de 80 canais disponíveis. Peppa Pig, Galinha Pintadinha, Tom & Jerry, Detetives do Prédio Azul e muitos outros personagens preferidos da garotada estão lá. Além de programas como o “Inglês com música”, na TV Cultura, que ensina a língua inglesa de uma forma descontraída. Ou o famoso Vila Sésamo, que traz temas como alfabetização, matemática e convivência social para crianças em idade pré-escolar. 

Lucinete Costa Ferreira, moradora da comunidade Bons Amigos, na zona rural de Manaus, mãe de uma menina de quatro anos, tem a programação infantil de TV como uma das únicas fontes de entretenimento para a pequena. “Esse é um momento em que me divirto muito. Como moramos distante de Manaus e não temos muitas opções de lazer, a TV é ótima para passar o tempo”, comenta Lucinete.

Já Francisca Oliveira, que vive em Rio Branco, no Acre, utiliza a TV como uma forma de aproximação com os filhos de 6, 11 e 13 anos, enquanto avalia de perto o conteúdo da programação. “Assistir à TV é um dos programas preferidos deles, principalmente os mais novos, de 06 e 11 anos. Eu gosto muito porque também tive esse costume quando era criança”, afirma.

*Classificação indicativa*
De acordo com Simone Lavarato, os programas educativos são uma ótima oportunidade de desenvolvimento, pois as crianças podem ver, experienciar e entender situações inéditas - o que ajuda a criar novas conexões neurais, que favorecem o aprendizado. Por outro lado, é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro deles é controlar o tempo em frente às telas, seja TV, celular ou computador. 

“O excesso de telas é prejudicial. É preciso ter equilíbrio para que o uso da TV seja positivo. Caso contrário, pode afetar o desenvolvimento cognitivo, atenção, concentração, memória, função executiva, regulação emocional e o funcionamento de interação social de forma geral”, alerta.

Outro cuidado é em relação à classificação indicativa da programação. Ou seja, é necessário que a criança assista aos programas indicados para a sua idade. “Nós temos um desenvolvimento natural que passa por ciclos, de acordo com o desenvolvimento biológico e cerebral. A criança ter acesso a um conteúdo inadequado para a idade dela pode trazer sérias consequências, pois ela ainda não está preparada para entender determinado contexto, mas já está tendo acesso a imagens e sons dessas situações”, explica Simone. 

*Nova parabólica digital gratuita*

Famílias de menor renda inscritas em Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham a antena parabólica tradicional em funcionamento podem ter direito à instalação do kit gratuito com a nova parabólica digital.

Quem está fazendo a substituição dos equipamentos é a Siga Antenado, entidade sem fins lucrativos criada por determinação da Anatel para apoiar a população de menor renda durante a migração do sinal de TV utilizado pelas parabólicas tradicionais (Banda C) para o sinal das parabólicas digitais (Banda Ku). 

Para verificar se tem direito ao kit gratuito e se o agendamento já está liberado para a sua cidade, a população deve acessar o site sigaantenado.com.br ou ligar gratuitamente para 0800 729 2404 com o CPF ou NIS em mãos. É só marcar a melhor data e aguardar a visita do técnico para a instalação da nova parabólica digital.
 
 
*Sobre a Siga Antenado*

Siga Antenado é o nome fantasia da EAF (Entidade Administradora da Faixa), criada por determinação da Anatel. É a entidade responsável por apoiar a população durante a migração do sinal de TV utilizado pelas parabólicas tradicionais (Banda C) para o sinal das parabólicas digitais (Banda Ku). A Siga Antenado é formada pelas operadoras Claro, TIM e Vivo, que foram as vencedoras dos blocos nacionais do leilão do 5G, com as licenças da faixa 3,5 GHz.