quinta-feira, 16 de maio de 2024

Atividades físicas podem ajudar no tratamento da endometriose

A endometriose é uma doença crônica que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 190 milhões de pessoas em idade reprodutiva. Esta condição ocorre quando o corpo produz endométrio, tecido produzido para revestir o útero durante a gestação, em excesso, podendo aparecer nos ovários, trompas ou em outros órgãos e cavidades corporais. 

Os principais sintomas da doença são dor pélvica crônica, durante ou após a menstruação, durante relações sexuais, ao urinar ou evacuar durante o período menstrual, sangramento menstrual intenso ou irregular, fadiga crônica e cansaço constante, dor na lombar e pernas, dificuldade para engravidar, diarreia, constipação ou desconforto abdominal, bem como quadros de depressão e ansiedade. 

A endometriose não tem cura, porém, existem diversos tratamentos disponíveis que ajudam a controlar os sintomas, como analgésicos, pílulas anticoncepcionais e progestágenos. Além disso, outros fatores também influenciam na qualidade de vida de quem sofre com a doença, como hábitos diários e alimentação. 

Adeilma Lima, coordenadora do curso de Educação Física do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, destaca o impacto da prática de atividades físicas na diminuição dos sintomas da endometriose. “Evidências científicas mostram que a prática de exercícios é um forte aliado para aliviar os desconfortos causados pela doença. Praticar atividades regularmente - três vezes na semana, de 40 a 60 minutos, na modalidade de exercícios combinados (resistido + endurence) -, podem diminuir os sintomas das dores, como, também, melhorar a mobilidade de quadril, tornando-se uma ferramenta não medicamentosa com ação analgésica”. 

Um estudo realizado na Universidade do Cairo, no Egito, e na Universidade Beirut Arab, no Líbano, demonstrou que as atividades físicas promovem uma redução significativa dos desconfortos causados pela endometriose, diminuindo a dor e melhorando alterações posturais causadas pela doença. Esse hábito também aumenta a energia e causa impactos positivos na saúde mental por causa da produção de endorfina, hormônio considerado o analgésico natural do corpo, capaz de reduzir a ansiedade e promover a melhora do sono.