quarta-feira, 30 de julho de 2025

Dançar na Terceira Idade: Aliada Essencial na Saúde Óssea e Coordenação Motora, Apontam Especialistas


Recife, PE – A prática da dança, que já se destaca por seus benefícios à sociabilidade, bem-estar e saúde integral, ganha um papel ainda mais relevante na terceira idade. Especialistas ressaltam que, além de ser uma excelente forma de movimentar o corpo, dançar pode ser uma poderosa aliada no controle da osteopenia, osteoporose e na prevenção da perda de massa muscular, além de otimizar a coordenação motora, o equilíbrio e a flexibilidade.

Luís Moliterno, ortopedista e traumatologista do Instituto de Educação Médica (IDOMED), explica que, com o avanço da idade, a osteopenia e a osteoporose tornam-se mais frequentes, especialmente em mulheres após a menopausa e em homens mais velhos. Ele também destaca a sarcopenia, a perda de massa e força muscular, que "afeta atividades cotidianas como caminhadas, subir e descer escadas e pode acarretar em quedas devido ao desequilíbrio”.

O médico enfatiza que as atividades físicas devem ser compatíveis com a faixa etária e as condições de saúde individuais. No que tange à dança na terceira idade, Moliterno afirma que ela proporciona inúmeros benefícios tanto mentais quanto para o aparelho musculoesquelético, contribuindo significativamente para a independência e autonomia. "Sem contar que ajuda em aspectos cognitivos, na memória e na prevenção a doenças mentais como depressão. Além disso tudo, vale frisar que uma alimentação equilibrada e exposição ao sol para conversão de vitamina D são essenciais e recomendados”, ressalta.

A Dança como Aliada na Qualidade de Vida
Héllio Martins (CREF 2693-G/PI), professor de Educação Física da Wyden, reforça que o ato de dançar promove um avanço no aprendizado motor ao integrar ritmo e coordenação corporal. Ele sublinha a importância de compreender o corpo como um sistema orgânico que necessita de movimento contínuo. "Não apenas em dimensão de atividades diárias ou laborais, mas num aspecto bem mais amplo de benefícios. E fazer tudo isso traz um reflexo positivo à saúde, ao aprendizado motor, ao desenvolvimento humano e um maior nível de qualidade de vida, inclusive na terceira idade”, endossa Martins.

Segundo o professor, nenhuma atividade física ou exercício é contraindicado por si só, pois "todos possuem um planejamento individual e pessoal para cada pessoa conforme suas limitações e objetivos”. Martins conclui que a dança, além dos ganhos físicos e cognitivos, muitas vezes oferece "uma imersão na cultura e permite conhecer as diferenças e semelhanças entre suas práticas”.