sábado, 31 de maio de 2025
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#EntrevistasInéditas Rita Hills abre o coração em entrevista exclusiva ao Blog Taís Paranhos
A cantora Rita Hills concedeu uma reveladora
entrevista ao Blog Taís Paranhos, onde compartilhou detalhes sobre sua
trajetória musical, o lançamento de seu novo single "Sem Ter Você" e
os desafios da vida artística. Com uma carreira que a levou de Paragominas, no
Pará, a Garanhuns e Recife, em Pernambuco, Rita demonstrou a versatilidade e a
paixão que a impulsionam.
Da Escolha Musical à Diversidade de Gêneros
Rita Hills enfatizou que a música a escolheu, não o
contrário. "Nasci com a habilidade de cantar e sempre, desde os meus
cinco, seis anos, senti um forte impacto ao ouvir música. É algo que corre nas
minhas veias. Eu não escolhi a música. Ela me escolheu. Deus me escolheu para
cantar", declarou a artista.
Desde cedo, Rita cultivou um gosto eclético, transitando
entre o gospel e a música popular, com uma forte inclinação para a black
music, influenciada por divas como Whitney Houston, Celine Dion e Mariah
Carey. No cenário nacional, Elis Regina, Rosana e Leila Pinheiro também foram
grandes inspirações. Ela destacou ainda sua admiração pelas letras simples e
compreensíveis de Luiz Gonzaga.
A Jornada de Descoberta e Superação
A cantora revelou que a percepção de seu talento veio
através de amigos de seus pais. Sua mudança para Garanhuns, em Pernambuco, para
estudar música, foi um ponto de virada, apesar de uma decepção inicial com o
curso. Foi no Recife, onde se formou, que Rita Hills realmente se encontrou
artisticamente.
Um dos maiores desafios foi a imersão no canto lírico.
"No lugar que eu fui estudar, me deparei com uma dificuldade, né? Que lá
só ensinavam canto lírico. E mergulhei no novo. Aprendi o canto lírico na
marra, mas foi incrível, né? Hoje eu posso usar as duas técnicas, consigo
diferenciar e distinguir as duas", explicou. Essa versatilidade a levou a
trabalhar como backing vocal para bandas de forró renomadas como
Calcinha Preta e Aviões do Forró, há cerca de 25 anos.
A trajetória de Rita inclui participações em diversos
grupos, corais, orquestras e projetos por todo o Nordeste, além de
apresentações em eventos privados, cerimônias religiosas e grandes resorts em
Fernando de Noronha, Porto de Galinhas e Maragogi. Sua jornada também a levou a
Santa Catarina, Curitiba, e até a projetos no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro e cruzeiros pela MSC e Royal Caribbean.
A Visão Sincera sobre a Arte e o Novo Single
Apesar das conquistas, Rita Hills não esconde os desafios da
vida de artista. "Nada foi ou é fácil, é sempre desafiador, não importa em
qual estágio, em qual idade, o músico, o cantor esteja", afirmou. Ela
lamentou a visão distorcida que muitos ainda têm sobre profissionais da arte,
que são frequentemente rotulados de "preguiçosos" ou
"desocupados". "A vida do músico, do artista, muitas vezes ela é
solitária. Ela não é solitária da solidão de não ter alguém, ela é solitária
pela falta de apoio, de acolhimento, muitas vezes da própria família que não
apoia, não ajuda, critica, aponta, e isso machuca muito", desabafou.
Sobre seus lançamentos, Rita Hills comentou as diferenças
entre "Sou VIP", um pop mais brincalhão e descontraído, e "Sem
Ter Você", seu mais novo single. A canção, que migra para o sertanejo
romântico, reflete seu estado de espírito atual de "calmaria,
sossego". "É uma letra que fala de amor, não é uma música com letra
apelativa. Eu ainda acredito nesse amor calmo, nesse amor que traz paz",
ressaltou.
Uma Artista de Essência
Rita Hills se descreve como uma pessoa e artista que não se
separa: "Eu sou muito igual. Eu não brinco quando o assunto é música e
voz." Ela se mostra alegre, simpática, carismática e com um profundo
respeito por todos. "As pessoas podem esperar por empatia,
profissionalismo, desenvoltura no palco. Uma artista que coloca o coração
quando canta, que sempre dá o seu melhor em todos os meus trabalhos e
performances", garantiu.
A cantora finalizou a entrevista expressando gratidão pelo
espaço e desejando sucesso ao trabalho da jornalista Taís Paranhos. Ela também
fez um apelo por mais comunicadores que deem voz aos novos talentos, que muitas
vezes não têm a visibilidade desejada. Rita Hills convidou o público do
Nordeste a se encantar com sua voz e a seguir suas redes sociais para conhecer
o universo musical que ela oferece.
Vamos lá para a entrevista?
Fotos: Facebook Rita Hills Singer
Vídeos: Canal do YouTube Rita Hills
O que te fez despertar para a Música?
Eu nasci com habilidade de cantar e sempre, desde os meus cinco, seis anos, senti um forte impacto ao ouvir música. É algo que corre nas minhas veias. Eu não escolhi a música. Ela me escolheu. Deus me escolheu para cantar. Já que ninguém na minha casa canta, né? Eu me tornei versátil justamente pelo gosto musical que sempre tive desde sempre. Sempre cantei o gospel e a música popular. Mas já amava o jazz, o soul, mesmo sem entender, sempre amei black music. Ouvia desde criança. Whitney Houston, Celine Dion, Mariah Carey. E no gospel eu já ouvi as músicas americanas. Este estilo em especial me influenciou desde cedo. Além de ouvir bastante a Rosana, Elis Regina, Leila Pinheiro.
Você é uma artista versátil, canta do popular ao lírico. Quem são suas maiores referências musicais?
Sempre gostei muito
das letras simples e de fácil compreensão do Luiz Gonzaga. E no gospel, as
americanas que eu mais apreciava eram Sandy Petty, Amy Grant, e como as outras
divas aí que eu comentei, Whitney, Celine, Aretha, entre outras, né?
Conta pra gente sobre a sua trajetória artística
Sobre a minha trajetória, eu só percebi que tinha um dom de tantos amigos dos meus pais pontuarem e comentarem, se não, eu nem saberia. Aí de tanto eles falarem, chamou atenção. Mas eu nasci em uma cidade do interior do Pará, Paragominas, onde as pessoas curtem eletrobrega, carimbó, brega, lambada, e não tinha nada a ver com o que eu gostava de ouvir cantar, mesmo no gospel, né? E foi um pouco mais difícil. Eu só deslanchei, assim, só consegui realmente me encontrar artisticamente quando eu segui pra Garanhuns, em Pernambuco, para estudar música, mas quando eu cheguei lá eu tive uma decepção. Eu achei que eu estava indo estudar música e quando eu cheguei lá o curso de música estava finalizando. E para não perder a minha viagem, eu fui morar no Recife, em Pernambuco, e estudar música.
Foi justamente no Recife onde eu me formei. E muitas coisas mudaram. A música e muitas opções se abriram como leque pra mim. Mas tive problema, porque apesar de cantar ritmos e gêneros variados, eu não conhecia o clássico, a ópera, o lírico. E mais uma vez, no lugar que eu fui estudar, me deparei com uma dificuldade, né? Que lá só ensinavam canto lírico. E mergulhei no novo. Aprendi o canto lírico na marra, mas foi incrível, né? Hoje eu posso usar as duas técnicas, consigo diferenciar e distinguir as duas e foi ao começar a estudar que fui conhecendo pessoas do meio e já me levaram para fazer backing para algumas bandas de forró já importantes naquela época, não é? Por exemplo, Calcinha Preta, Aviões do Forró. Isso já faz uns 25 anos. Me envolvi com muitos grupos diferentes, corais, projetos, orquestras, por todo o Nordeste. E daí por diante, nunca mais eu parei. Aí ingressei nos eventos privados, cerimônias religiosas, solenidades.
Cresci, ganhei conhecimento, as pessoas me indicavam. Até os meus professores de canto me indicavam. Passei uma temporada cantando em Fernando de Noronha, cantei muito no Sumerville Resort, lá em Porto de Galinhas, no Maragogi, no Resort Maragogi Hotel, que fica lá em Maragogi, e entre outras situações, fui na sequência para Santa Catarina, depois para Curitiba, Paraná, participei de projetos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Fiz alguns cruzeiros pela MSC Royal Caribbean, vivenciei outras oportunidades e realidade musical. Nada foi ou é fácil, é sempre desafiador, não importa em qual estágio, em qual idade, o músico, o cantor esteja, continua sendo desafiador, porque para muitos, na verdade para a maioria, músico, cantor, quem trabalha com arte no geral, infelizmente em pleno século XXI, nós ainda somos vistos como preguiçosos, desocupados, é a linguagem mais usada vagabundos, uma visão deturpada da nossa realidade, discordo totalmente a vida do músico, do artista, muitas vezes ela é solitária, Ela não é solitária da solidão de não ter alguém, ela é solitária pela falta de apoio, de acolhimento, muitas vezes da própria família que não apoia, não ajuda, critica, aponta, e isso machuca muito, né?
E só quem trabalha neste ramo é quem sabe, né? Quão
desafiador é lidar com arte, a trabalhar com arte e ainda ter que lidar com
esse tipo de situação, de convivência, saber levar na esportiva, não levar isso
pra o que você é como ser humano, pra tua essência. E dependendo da tua idade,
quando você tá na música ou na arte, atores, você só vai aprendendo a conviver
e a lidar com essas questões com o passar dos anos. Você com 20 anos, você tá
ainda naquela euforia, tudo tá certo, o lado rebelde aparece, aí nos 30 você
começa a mudar o teu perfil e nos 40 você começa a ter uma visão mais centrada.
Então, isso realmente muda de pessoa para pessoa. Então, eu tive desafios que
talvez outros cantores não tiveram, mas eu lidei com muitas coisas porque eu
saí de uma realidade totalmente diferente, realidade de estado, de mundo
musical. Depois eu me deparei com muitos outros desafios. Em cada estado que eu
morei, em cada país, você acaba vendo coisas diferentes. E você tem que
aprender, você tem que aprender a lidar, você tem que amadurecer na força da
situação. Essa que é a verdade. E, na verdade, pra mim, Foi muito bom, foi construtivo,
eu sou uma pessoa muito fácil de lidar. Tirei aquilo que é bom pra mim, o que
não é eu aprendi a eliminar. Se não vai acrescentar, então eu excluo.
Você lançou músicas como "Sou VIP" e "Sem ter você", como éo cada uma delas?
Com relação às
músicas que eu lancei, a “Sou VIP”, respondendo à pergunta, ela é um estilo
mais pop, brincalhão, descontraído e a “Sem Ter Você” é totalmente o oposto.
Ela migra para o sertanejo romântico, que tem mais a ver com o meu estado de
espírito atual, o momento calmo. calmaria, sossego. É uma letra que fala de
amor, não é uma música com letra apelativa. Eu costumo ter muito assim o canto
de tudo, no sertanejo, em outros estilos, mas eu mesmo pra gravar, eu prefiro
esse lado mais poético, falando do amor, sabe? Porque A gente já vive uma
situação no dia a dia, no mundo atual, na realidade atual tão esdruxula, né?
Que você tem que mesmo ter que ter um pouco de cuidado, né? Então, eu ainda
acredito nesse amor calmo, nesse amor que traz paz, né? Então, a escolha dessa
música foi em função disso, da Rita, da Rita Hills, hoje. Até no pop eu também
gosto mais dessas músicas com a levada mais sossegada.
O que o público brasileiro pode esperar da Rita Hills?
Por uma pessoa, eu vou colocar pessoa e artista, porque eu não costumo ser diferente. Tem gente que tem uma personalidade como pessoa, não é? E tem gente que tem uma personalidade como cantor, músico. Eu sou muito igual. Eu não brinco quando o assunto é música e voz. Eu sou alegre, sou simpática, carismática. Tô sempre sorrindo, falando com as pessoas. Tenho respeito muito grande por todos. independente de raça, de poder aquisitivo, de região. Eu respeito muito as pessoas no geral. Elas podem esperar por empatia, profissionalismo, desenvoltura no palco. Uma artista que coloca o coração quando canta, que sempre dá o seu melhor em todos os meus trabalhos e performances. E sou uma pessoa simples, né? Gosto muito de interagir, independente do evento que eu cante, seja ele para poucas ou muitas pessoas, o meu comportamento, ele permanece o mesmo, tá bom?
#EntrevistasInéditas Jullie Dutra, a jornalista pernambucana que conquistou o Milhão e abraçou múltiplas Causas
Jullie Dutra, a jornalista pernambucana que se tornou a primeira brasileira a conquistar o prêmio de R$ 1 milhão no quadro "Quem Quer Ser Um Milionário" do programa "Domingão com Huck", da Rede Globo, transcende a imagem de uma simples vencedora de game show. Com uma trajetória inspiradora, marcada por superação e um compromisso inabalável com causas sociais, Jullie Dutra concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog Taís Paranhos, onde detalhou seus próximos passos e as motivações por trás de suas escolhas.
A decisão de participar do programa, segundo Jullie, foi
impulsionada pela busca por estabilidade financeira, visando um ano sabático
para focar em seus estudos para o concurso do CACD (Diplomacia). No entanto, a
vitória no programa trouxe uma nova dinâmica à sua vida. "Confesso que
depois que eu ganhei o prêmio eu continuo estudando, só que minha agenda ficou
ainda mais desafiante", revela Jullie. Além de sua agência, filha e avó,
agora ela concilia uma intensa agenda de palestras e visitas, que incluem compromissos
como o Centro das Mulheres do Cabo e o IMIB.
Uma Jornada de Inspiração e Engajamento Social
A jornalista, que chegou a cursar medicina em Cuba antes de
se dedicar ao jornalismo, é fundadora do Grupo Coros Comunicação, uma agência
de marketing digital com atuação nacional e internacional. Jullie também é
autora do livro "Caro Haiti", que aborda os eventos relacionados ao
terremoto no Haiti em 2010.
A visita ao Centro das Mulheres do Cabo representou um
"divisor de águas" para Jullie, direcionando-a para a pauta do poder
feminino e o combate ao racismo por meio de ações resolutivas. Ela busca
aperfeiçoamento em programas da ONU para "entrar nessa engrenagem de
mulheres potentes que têm o poder de mobilizar e de empoderar outras
mulheres". Para Jullie, é fundamental levar a educação ao máximo de
meninas e mulheres, como base para a construção do indivíduo e a libertação
feminina.
A principal inspiração de Jullie é sua mãe, uma professora
que acreditava no poder transformador da educação. "Ela dizia, Júlia,
conhecimento é libertação", conta Jullie. Essa crença é um pilar em sua
vida, levando-a a levantar a bandeira da educação, que, para ela, é o que
levará o Brasil a se tornar um país potência. "Eu não vou descansar
enquanto eu não puder influenciar o máximo de meninas possíveis, sobretudo
meninas, porque a gente sabe que a mulher, ela abdica de seus sonhos para poder
cuidar de um lar, abdica de seus sonhos para privilegiar uma relação",
enfatiza Jullie, que defende que a educação e o trabalho são o porto seguro
para as mulheres.
Maternidade e Autismo
Além da educação, Jullie Dutra abraça com paixão a causa
autista. Mãe de Maria Helena, de três anos, diagnosticada com Transtorno do
Espectro Autista (TEA), ela se dedica a informar pais e profissionais sobre o
tema. Jullie busca mostrar que o diagnóstico não é um fim, mas um novo começo,
e que o apoio profissional adequado pode promover autonomia e independência
para as crianças autistas.
Em sua agenda multifacetada, Jullie Dutra se dedica a causas
que considera "caras": autismo, educação, poder feminino e combate ao
racismo. Sua história de superação, que inclui a perda dos pais e a luta contra
a depressão, a fortalece ainda mais em sua missão de inspirar e empoderar
outras pessoas. Com a visibilidade conquistada, Jullie reafirma seu
compromisso: "A Educação salva, empodera e liberta". Vamos conhecer
mais essa incrível mulher?
Fotos: Jadson Cezar
Você é uma pessoa multifacetada: jornalista, profissional de mídia, concurseira, futura diplomata, mãe e neta. Como você concilia todas as suas faces?
Então, eu tento conciliar todas essas tarefas, né? De mãe, de concurseira, de neta. Não é fácil, mas eu tento fazer um cronograma de estudos, um cronograma de atividade de Maria Helena e, às vezes, eu tô fazendo duas coisas no mesmo horário. Por exemplo, eu estou com Maria Helena na terapia, mas eu estou estudando. E aí, dessa forma, é que eu tento otimizar mais o meu tempo. Mas eu acho que o fato de eu estabelecer metas, isso ajuda muito eu saber exatamente como administrar meu tempo, porque eu sei o que eu quero pra mim.
Como foi a decisão de participar do “Quem Quer Ser um Milionário”?
A decisão de participar do “Quem Quer Ser Um Milionário” é porque eu precisava de ter uma grande estabilidade financeira para eu poder me dar mais um ano sabático e trabalhar menos e estudar mais para o meu concurso do CACD. Então, eu me inscrevo com esse desejo de ser diplomata. Então, se eu ganho o prêmio e esse era o tempo todo a minha intenção, Eu tenho estabilidade para eu sentar a bunda na cadeira e estudar, mas confesso que depois que eu ganhei o prêmio eu continuo estudando, só que minha agenda ficou ainda mais desafiante. Se eu antes eu tinha agência, minha filha e minha avó, hoje eu tenho uma agenda de palestras a cumprir, eu tenho também uma agenda de visitas a fazer. Eu estive, por exemplo, no Centro das Mulheres do Cabo recentemente, estava no IMIP, via entrevista aqui e outra por lá. Então, eu tento fazer, agendar, fazer essa agenda o mais sincronizado possível com minhas atividades. No entanto, isso tem sido realmente um grande desafio. É uma agenda muito atípica para qualquer concurseiro.
A visita do Centro das Mulheres do Cabo, para mim, é um divisor de águas na minha vida pós-programa, porque ela me direciona realmente, de fato, na pauta do poder feminino, no combate ao racismo, por meio de ações, de fato, resolutivas. Então, assim, eu estou buscando me aperfeiçoar, eu estou tentando me inscrever em programas da ONU para trazer informações de lá pra cá e assim o poder realmente entrar nessa engrenagem de mulheres potentes que têm o poder de mobilizar e de empoderar outras mulheres. Então, pra mim, o Ser das Mulheres do Cabo, ele entra nesse momento da minha vida em que eu preciso realmente levar ao máximo de meninas, ao máximo de mulheres à educação como base de construção de um indivíduo e de libertação de uma mulher.
Você é uma pessoa certamente inspiradora para muitas
meninas. E quem você teve ou ainda tem como inspiração para ser a Jullie que
você é hoje?
A minha grande inspiração
sempre foi e sempre será a minha mãe. Minha mãe era uma professora vocacionada
que acreditava no poder da educação como transformação de uma sociedade. Ela
dizia, Jullie, conhecimento é libertação. Então, ela me inspira o tempo todo e
ela tá dentro de mim em tudo que eu faço, em tudo que me proponho a realizar e
eu não tenho dúvida que essa será a minha grande influência. Eu não tenho outra
influência na minha vida a não ser a minha mãe.
Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Eu sou uma pessoa que sempre levantei, muito antes de ter qualquer visibilidade, a bandeira da educação. Com aquele programa que, de fato, me dá esse referencial e essa credencial de conhecimento, eu me sinto na obrigação ainda maior de dizer para todo mundo, everybody, que a educação é o que vai realmente levar esse país a uma condição de país potência. Enquanto... Eu não vou descansar enquanto eu não poder influenciar o máximo de meninas possíveis, sobretudo meninas, porque a gente sabe que a mulher, ela abdica de seus sonhos para poder cuidar de um lar, abdica de seus sonhos para privilegiar uma relação.
E eu preciso dizê-las que não, que elas precisam realmente se agarrar naquilo que realmente vai dar um porto seguro a ela. E o porto seguro a ela é um trabalho, o porto seguro a ela é educação. Então essa é a bandeira que eu vou levantar e essa é a bandeira que eu vou sempre dizer e afirmar. Educação, ela salva, ela liberta, ela empodera. Além disso, eu também tenho hoje uma missão, que é levar a causa autista. para pais, para profissionais, defender ela com as dentes, porque eu tenho em minha casa uma criança autista. Então, para mim, enquanto eu puder informar como eu fiz o diagnóstico de Maria Helena, que isso não é o fim, é um novo começo, que você é cercado de profissionais certos, você é cercado de boas influências, você vai, de fato, conseguir ajudar muito seu filho, a poder ter mais autonomia e independência. Então, são maneiras caras a mim que eu vou levar sempre para onde eu passar. Autismo, educação, poder feminino, combate ao racismo. Eu vou estar sempre levantando isso.