sábado, 31 de maio de 2025

Governo dos EUA amplia exigências para controle da mosca-das-frutas no Vale do São Francisco



Os produtores de manga do Vale do São Francisco terão que intensificar o monitoramento e controle da praga da mosca-das-frutas para manter suas habilitações de exportação para os Estados Unidos, um dos principais mercados consumidores da fruta. A nova exigência foi destacada pelo chefe de programas especiais de exportação do Ministério da Agricultura (MAPA), Caio César Simão, durante reunião realizada nesta quinta-feira, 29 de maio, na sede da Valexport, em Petrolina.  

O encontro reuniu exportadores, produtores e responsáveis técnicos de unidades produtoras de manga destinadas ao mercado americano. Durante a apresentação, Caio César detalhou as novas regras do plano de trabalho, que buscam reduzir a população da praga quarentenária nos pomares da região.  

A reunião técnica contou com o apoio do MAPA, Adagro, Senar, Moscamed Brasil, Adab e Corteva. Entre os participantes, o auditor fiscal federal agropecuário Antonio Romão abordou os sistemas de manejo de risco (SMR), enquanto representantes das agências estaduais Adab/BA e Adagro/PE explicaram suas respectivas funções no controle da praga.  

Na etapa final, a responsável técnica da Moscamed Brasil, Itala Cruz Damasceno, apresentou um panorama populacional da praga e detalhou os métodos de monitoramento no Vale do São Francisco. Em seguida, Manoel Neto e Jadna Mylena, da Corteva, compartilharam estratégias de manejo integrado para o controle da mosca-das-frutas. O evento foi finalizado com um fórum de discussão aberto ao público, no qual os participantes puderam esclarecer dúvidas e apresentar sugestões.  

O gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza, destacou que o Vale do São Francisco exportou, na safra 2024, aproximadamente 237 mil toneladas de mangas para 101 países. Somente os Estados Unidos, terceiro maior importador da fruta, compraram 37 mil toneladas, representando 14,27% do total exportado. Segundo Lustoza, a expectativa para a safra atual é ampliar esse volume para 56 mil toneladas, desde que toda a cadeia produtiva cumpra adequadamente as novas exigências de monitoramento e controle da praga.