terça-feira, 10 de junho de 2025

Raquel Santana Lança Primeiros Clipes e Músicas do Álbum Visual de Estreia


Caruaru, PE – A cantora e compositora Raquel Santana, natural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, dá o pontapé inicial em sua carreira solo com o lançamento de dois clipes e músicas autorais que integram "Canto e Espanto o teu Quebranto", seu álbum visual de estreia. As primeiras canções a serem apresentadas são "Quer ficar com mamãe" e "Cumbiambera", já disponíveis nas plataformas digitais.

Com forte influência da cultura popular e raízes negras e indígenas, Raquel Santana apresenta em "Quer ficar com mamãe" um coco-rap que aborda a sobrecarga materna, com foco especial na realidade das mães solo. A faixa conta com a participação das compositoras e cantoras Bell Puã, do Recife, e Maria Carolina (Caracol), de Caruaru, e convida à reflexão sobre a necessidade de acolhimento e sororidade. O clipe da música foi gravado no Assentamento Normandia, em Caruaru, e no Jardim do Baobá, no Recife, com a colaboração do DJ caruaruense Nino Scratch.

Já "Cumbiambera" é uma cumbia autoral de Raquel, que resgata o prazer e a sensualidade muitas vezes deixados de lado após a maternidade. As imagens do videoclipe foram capturadas na Casa Cultural Respira, em Caruaru.
A produção musical de todo o álbum é assinada por Zé Barreto de Assis, de Bezerros, com mixagem e masterização de Heverton Fagner, do Studio di Fagner, em Caruaru. O projeto conta com acessibilidade em Libras para a comunidade surda e foi financiado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), com recursos do Ministério da Cultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco, Prefeitura e Fundação de Cultura de Caruaru.

"Canto e Espanto o teu Quebranto": Um Álbum Multifacetado
"O álbum ‘Canto e Espanto o teu Quebranto’ reúne ritmos populares. Tem afoxé, cantoria, coco, cumbia, forró, hip hop e maracatu. Para além da sonoridade, as letras denunciam o racismo, o machismo e a sobrecarga materna, como valorizam a ancestralidade, a comunidade indígena, a matriz africana, a proteção espiritual, a reforma agrária, as celebrações populares, o território caruaruense e outras paisagens do interior pernambucano”, explica Raquel Santana.

A artista, que compõe a partir de temáticas raciais, sociais, de gênero, políticas, culturais e educativas, vê na arte e na música um espaço de criação coletiva e expressão de identidade. "O ato de escrever e cantar dá força para enfrentar males como racismo, machismo, classismo, relações e pessoas tóxicas. Sou mãe solo de crianças gêmeas, uma delas com Transtorno do Espectro Autista – TEA (autismo)”, pontua.

Raquel Santana, conhecida como Quequel, possui uma trajetória de mais de 17 anos como cantora e ritmista. Nascida no Recife e morando em Caruaru desde os dois anos, ela vivenciou intensamente a cultura local, com quadrilhas, mamulengos e bacamarteiros. De volta ao Recife em 2002, imergiu nas sambadas de coco, cavalo-marinho, maracatu rural, maracatu de baque virado e afoxés.

Em 2006, co-fundou a banda “Casas Populares da BR 232”, com sonoridade de ritmos populares do Nordeste, Norte do Brasil e expressões afro-indígenas da América Latina, circulando por diversos estados e lançando o CD “Negraíndia” (2019). Ela também integrou grupos como Chris Mendes, Erasto Vasconcelos, Ciranda de Zé Maria, Mestre Zé Borba e Boi da Mata, e participou de álbuns de outros artistas.

A carreira solo de Raquel teve início em 2021, com o clipe e a música “Imbé da Mata”, seguida por “Marta Vieira” em 2023. A artista já se apresentou em importantes palcos como o São João de Caruaru (2023) e em eventos de movimentos sociais como o Assentamento Normandia (MST) e a Marcha Mundial das Mulheres.

Territórios e Referências
O álbum visual de Raquel Santana tem como território central o Assentamento Normandia, em Caruaru, ocupado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). O Sítio Carneirinho, na zona rural caruaruense, também é exaltado como um território de ancestralidade originária. As ruas do centro de Caruaru também serviram de cenário para os registros audiovisuais.

Raquel possui uma vivência ancestral com a mazurca, tendo atuado com o grupo “Mazurca Pé Quente do Alto do Moura” entre 2006 e 2008, período em que aprendeu toadas com mestres e mazurqueiros, cantando e tocando instrumentos percussivos. Suas referências musicais incluem o povo indígena Fulni-ô, o Samba de Coco Raízes de Arcoverde e o grupo cubano Sexto Sentido.

Para mais informações e agendamento de entrevistas, entre em contato com Daniel Lima (Assessoria de Comunicação) pelo telefone (81) 99800-3342.