A campanha Julho Amarelo tem como objetivo conscientizar a população sobre as hepatites virais, infecções que, por serem silenciosas, podem evoluir para quadros graves se não tratadas a tempo, como cirrose e câncer de fígado. A iniciativa reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento para evitar complicações sérias, que em alguns casos podem levar à necessidade de transplante.
Embora muitas vezes passem despercebidas nas fases iniciais, as hepatites virais podem manifestar sintomas importantes em estágios mais avançados. Entre os sinais mais comuns estão fadiga, febre, mal-estar, tontura, náusea e dor abdominal, além de icterícia (olhos e pele amarelados), urina escura e fezes claras. O enfermeiro e coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, Antonio Ribeiro, alerta que o grande risco está justamente na ausência de sintomas no início da infecção. "Isso faz com que o diagnóstico, muitas vezes, aconteça tardiamente, quando o fígado já está comprometido", explica.
Diante da suspeita da doença, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente. “O ideal é se dirigir à unidade básica de saúde ou à clínica da família de referência. Nesses locais, é possível realizar exames, receber orientações e, se necessário, iniciar o acompanhamento adequado”, reforça Antonio Ribeiro. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testagem gratuita para a população.
A principal forma de prevenção é evitar comportamentos de risco, como o compartilhamento de objetos cortantes e o uso de drogas injetáveis. Manter o esquema de vacinação em dia contra os tipos A e B da doença também é fundamental. A campanha serve como um lembrete de que, com informação e acesso à saúde, é possível prevenir complicações e garantir mais qualidade de vida.