A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) no Agreste, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), realizou no dia 12 de agosto uma reunião para debater os impactos da importação chinesa e a defesa comercial do setor. O encontro contou com a presença da coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEPE, Sthefany Miyeko.
A analista sênior de Comércio Internacional da ABIT, Jaqueline Arruda, e o gerente de Inteligência, Tecnologia, Planejamento e Finanças, Oliver Tan Oh, conduziram a apresentação. Eles destacaram que o setor têxtil ocupa a quinta posição no ranking de produtos mais apreendidos por irregularidades pela Receita Federal, de acordo com dados de 2024.
Entre os problemas identificados nas importações, a especialista citou informalidade, subfaturamento, falsa classificação fiscal de mercadorias, dumping, falsa declaração de origem, descumprimento de regulamentos técnicos, pirataria, contrabando e descaminho.
O vice-diretor adjunto regional da FIEPE Agreste, André Zarzar, também participou da reunião. Ele ressaltou a importância de debates como este, que abordam questões que afetam diretamente o setor industrial, como o "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos sobre a produção açucareira e a fruticultura, além da Reforma Tributária. Zarzar defendeu que o Nordeste tenha benefícios fiscais equivalentes aos da Zona Franca de Manaus.
A reunião reforça o compromisso da FIEPE em atuar na defesa dos interesses da indústria local, buscando minimizar os efeitos negativos de fatores externos sobre os negócios.