segunda-feira, 28 de julho de 2025

#EntrevistasInéditas Adriana Colin: Uma Vida de Legado, Comunicação e Impacto Social

 

Adriana Colin - Foto: Patrick Viniciuz

Recife se iluminou recentemente com a inauguração do Centro Cultural e de Desenvolvimento Humano do Instituto Marcos Hacker de Melo, um projeto que promete transformar a vida de mais de mil famílias. Entre os presentes, uma figura notável expressou sua profunda emoção e gratidão: Adriana Colin, conhecida por sua marcante trajetória na televisão brasileira e seu inegável engajamento social.

Adriana se sentiu "honrada e muito agradecida pela confiança" em participar de um momento tão significativo. Sua admiração por Cida Hacker de Melo, fundadora do instituto, é evidente. "Recife se agiganta e se enche de luz com essa iniciativa que muda a vida de mais de mil famílias, resgatando a dignidade e criando oportunidades a muitas pessoas que muitas vezes são privadas dos seus sonhos", afirmou. Para ela, a inauguração é um tributo ao legado de Marquinhos, que sempre priorizou ações de impacto positivo.

De Miss a Ícone da TV: Uma Jornada de Autoconhecimento e Ruptura

Os concursos de beleza, que a apresentadora descreve como "verdadeiras escolas", foram fundamentais em sua formação. Eles a ensinaram disciplina, amor próprio, autoestima, coragem e resiliência. Além da beleza, esses concursos priorizavam a empatia, o amor ao próximo e a ajuda mútua, proporcionando a Adriana um intercâmbio cultural que a fez aprender sobre o Brasil e o mundo.

Viajando como Miss São Paulo e Vice Miss Brasil, e depois como modelo e cantora em turnês internacionais com a Girl Band Banana Split, Adriana Colin lapidou sua capacidade de se comunicar. "Aprendi a me comunicar com o mundo, através do meu poder de fala, da minha imagem, meu discurso, minhas ideias e posicionamento, me autoconhecendo e rompendo barreiras até então intransponíveis por ser mulher", revela. Ela destaca a importância de mulheres em esportes, buscando independência financeira e enfrentando desafios, reconhecendo que a luta de gerações passadas pavimentou o caminho para as discussões atuais sobre feminicídio, etarismo, machismo e igualdade.

Sua carreira profissional é um mosaico de momentos marcantes. Além dos concursos de beleza e da banda Banana Split, Adriana brilhou em programas como Fantasia (o primeiro programa interativo da TV brasileira), A Gazeta Esportiva, Esporte Record, A Grande Jogada e Supervolley. Mais recentemente, marcou presença no Domingão do Faustão, um de seus maiores orgulhos. "Trabalhar com os maiores nomes da História da TV brasileira é motivo de muito orgulho e gratidão: Silvio Santos, Jô Soares, Hebe Camargo, Gugu Liberato e Fausto Silva", ressalta. Essa vasta experiência será compartilhada em seu curso de comunicação, que será lançado em breve.

A Força do Ao Vivo e o Compromisso Social

Apresentar grandes marcas na maior emissora do país consolidou a imagem de Adriana como a "Apresentadora do Corporativo". A habilidade de fazer "Ao Vivo" com improviso ao lado de Faustão a fez uma autoridade em eventos, premiações, congressos e workshops para grandes empresas.

Além da carreira profissional, Adriana Colin é profundamente movida por ações sociais. "Sempre fui movida por ações que priorizam a ajuda e o servir para um mundo melhor", afirma. Desde os concursos de Miss, o braço social esteve presente em sua vida. "Defendo e acho importante colaborar para o bem comum e oportunidades iguais a todos. Não suporto saber que alguém sofre ou por uma doença ou pela falta de recursos. Considero urgente a vida e acessibilidade a todos! Fazer o bem faz bem e o voluntariado é sobre isso!", enfatiza.

O Poder Feminino, a Escola do Esporte e o Amor Familiar

Adriana Colin celebra o poder inegável da mulher, a força, a resistência e a capacidade de liderança feminina em todos os setores da sociedade. "Sim, tivemos que provar e tiveram que nos aprovar", pontua. A apresentadora expressa sua paixão pela televisão, "sobretudo usar a minha voz para fomentar recursos e ajudar não só as mulheres, crianças, mas todas as pessoas a serem mais felizes é o que mais me realiza e me dá prazer".

O esporte é outra grande escola em sua vida, sinônimo de "força, garra, disciplina, foco, coragem, o trabalhar em equipe, as competições, as provas, o vencer limites, o esforço árduo, a dedicação". Para Adriana, tudo em sua vida foi impulsionado pelo poder da comunicação, que vai além de "falar bem", alcançando "o coração das pessoas".

A conexão familiar também é um pilar importante. Com orgulho, Adriana fala de sua sobrinha, a atriz Letícia Colin. "Somos família. Nos amamos, respeitamos e 'Lele' é a caçulinha das sobrinhas", diz. Ela a acompanhou nos primeiros passos da carreira e a descreve como "a melhor atriz da sua geração e com carreira internacional por ser muito jovem ainda e já tão premiada". "Sinto muito orgulho! Estou do lado dela para o que der e vier. E virá ainda muito mais sucesso; ela tem o 'star quality' sem ser estrela. Simples de alma", declara, revelando sua "tia babona" interior.

Desafios da TV e um Propósito Maior

Sobre as mudanças na televisão, Adriana Colin reconhece os desafios: "Tudo mudou. Hoje concorremos com o celular, com o digital. Novos tempos: índices menores de audiência e muita repetição sem o mesmo impacto". Ela sugere que talvez falte "uma audiência que já não existe mais".

Diante desse cenário, a decisão de lançar seu curso de comunicação é vista por Adriana como um grande passo. "Sair da zona de conforto e estudar e continuar aprendendo nos aproxima de nossos objetivos; afinal tudo é comunicação!", pondera.

A maior inspiração de Adriana Colin é sua fé em Deus, que a impulsiona a viver com propósito: "deixar meu legado e dividir tudo o que eu aprendi e dessa forma mudar para melhor a vida das pessoas". Ajudar e servir, orar e trabalhar são seus lemas. Entre os "projetos do coração", ela destaca o GRAACC, a Casa Ronald McDonald Moema, o Centro Cultural - Instituto Marcos Hacker de Melo e a AACD.

Em entrevista exclusiva ao Blog Taís Paranhos, Adriana fala de sua trajetória, sua fé e de como se engaja em questões sociais. Vamos conhecê-la melhor?

 

Você participou da inauguração do Centro Cultural do Instituto Marcos Hacker de Melo. Como foi viver esse momento e qual a importância de espaços como esse para a transformação social?

Me senti honrada e muito agradecida pela confiança. Participar dessa inauguração, desse momento especial que ficará marcado na história através do trabalho sério, potente e de tão forte impacto; realmente foi motivo de muita emoção e alegria. Sou uma grande admiradora da mulher e empreendedora, Cida Hacker de Melo, fundadora do Centro Cultural e de desenvolvimento humano do Instituto Marcos Hacker de Melo. Recife se agiganta e se enche de luz com essa iniciativa que muda a vida de mais de 1.000 famílias resgatando a dignidade e criando oportunidades a muitas pessoas que muitas vezes são privadas dos seus sonhos. Ter participado desta inauguração que é um tributo ao legado deixado por Marquinhos, que sempre priorizou ações com impacto positivo na vida das pessoas com certeza, foi motivo de grande honra para mim. Visitem o Instituto Marcos Hacker de Melo, não deixem de conhecer. Só vendo lá para entender a grandeza desse Centro Cultural e tudo que ele representa.

 

Sua carreira começou no universo dos concursos de beleza e da moda. Como essa experiência moldou sua visão sobre imagem, autoestima e representatividade feminina?

Os concursos de beleza, foram verdadeiras escolas para mim; me ensinaram a ter disciplina, amor-próprio e autoestima, coragem e resiliência. Um movimento que sempre priorizou além da beleza e dos dotes físicos e intelectuais; a empatia, o amor ao próximo e a ajuda mútua. Foi também um verdadeiro intercâmbio cultural em que aprendi muito sobre meu país e o mundo. Viajei muito como Miss São Paulo e Vice Miss Brasil, também como modelo: a moda já havia entrado em minha vida e depois como cantora,  em turnês internacionais. Aprendi a me comunicar com o mundo, através do meu poder de fala, da minha imagem, meu discurso, minhas ideias e posicionamento me autoconhecendo e rompendo barreiras até então intransponíveis por ser mulher; apresentar  esporte, almejar vida financeira independente, não ter filhos, sair da cidade do interior, enfrentar testes e desafios e me tornando o que sou hoje. Se hoje falamos sobre feminicídio, etarismo, machismo e igualdade tenho certeza que a conta só fecha quando reconhecemos que lá atrás, alguém lutou por nós para que chegássemos até aqui.

 

Você ficou nacionalmente conhecida como apresentadora do Domingão do Faustão. Que lembranças mais marcantes guarda dessa fase?
Muitos momentos importantes da minha vida profissional me tornaram conhecida: O Concurso de Miss Brasil, O Programa Fantasia, primeiro programa interativo da TV Brasileira, Os programas de Esporte: A Gazeta Esportiva, Esporte Record, A Grande Jogada e Supervolley; a Girl Band - anos 80/90 Banana Split, A moda: como modelo e por último o Domingão.

Guardo muitas lembranças: as melhores de todos esses momentos. Trabalhar com os maiores nomes da História da TV brasileira é motivo de muito orgulho e gratidão: Silvio Santos, Jô Soares, Hebe Camargo, Gugu Liberato e Fausto Silva. Por isso, sigo com um propósito maravilhoso de dividir tudo aquilo que aprendi com esses maiores mestres em 35 anos de Televisão: o meu curso de comunicação que será lançado, em breve.

 

Após sua saída da TV Globo, você passou a atuar em eventos corporativos e projetos sociais. O que te motivou a seguir esse novo caminho?
Sempre fui a “Apresentadora do Corporativo”. Apresentar as grandes marcas na maior emissora do país só consolidou e ampliou o leque de oportunidades junto às grandes empresas. O fato do fazer “Ao Vivo” com a habilidade do improviso ao lado do Faustão, me fez uma autoridade e expert quando eventos, premiações, congressos, workshops são realizados pelas grandes marcas nos diferentes setores.

Quanto a projetos sociais sempre fui movida por ações que priorizam a ajuda e o servir para um mundo melhor. Desde os concursos de Miss até hoje tenho o braço social muito forte em mim. Defendo e acho importante colaborar para o bem comum e oportunidades iguais a todos. Não suporto saber que alguém sofre ou por uma doença ou pela falta de recursos. Considero urgente a vida e acessibilidade a todos! Fazer o bem faz bem e o voluntariado é sobre isso!

 

Em entrevistas, você já falou sobre o desejo de voltar à televisão com um projeto voltado para empoderamento feminino. Como seria esse programa ideal?
O poder da mulher é inegável. A força e a resistência são características muito femininas. A capacidade da liderança feminina em todos os setores da nossa sociedade é algo comprovado. Sim, tivemos que provar e tiveram que nos aprovar. Amo a televisão; sobretudo usar  a minha voz para fomentar recursos e ajudar não só as mulheres, crianças mas todas as pessoas a serem mais felizes é o que mais me realiza e me dá prazer.

 

Você é formada em Jornalismo e Educação Física. Como essas duas áreas influenciam sua forma de comunicar e se conectar com o público?

O esporte é uma grande escola. Mais uma vez: força, garra, disciplina, foco, coragem, o trabalhar em equipe, as competições, as provas, o vencer limites, o esforço árduo, a dedicação. Sempre foi assim na minha vida e em tudo que escolhi. Há uma sinergia em tudo que escolhi e para tudo isso usei o poder da minha comunicação. Se comunicar não é apenas a arte de falar bem, mas sim a arte de alcançar o coração das pessoas.

 

A sua relação com a sobrinha Letícia Colin sempre chama atenção pela semelhança e carinho. Como é acompanhar a trajetória dela na dramaturgia?

Somos família. Nós nos amamos, respeitamos e “Lele” é a caçulinha das sobrinhas. Sempre muito inteligente, corajosa e amorosa. A acompanhei na primeira agência, fizemos juntas o primeiro comercial, a primeira passarela em desfile no shopping. E ela sempre brilhando e atuando com muito talento. Com certeza é hoje a melhor atriz da sua geração e com carreira internacional por ser muito jovem ainda e já tão premiada. Sinto muito orgulho! Estou do lado dela para o que der e vier. E virá ainda muito mais sucesso; ela tem o “star quality” sem ser estrela. Simples de alma. Sou coruja, sou tia babona mesmo! Ela é autoral e torna tudo grande e diferente. Ah e de quebra, um baita ser humano!


O que você acredita que mudou na televisão brasileira desde o tempo em que você esteve no ar com frequência? E o que ainda precisa mudar?

Tudo mudou. Hoje concorremos com o celular, com o digital. Novos tempos: índices menores de audiência e muita repetição sem o mesmo impacto. Talvez falte uma audiência que já não existe mais.

Como mulher que já transitou por diferentes áreas — da moda ao jornalismo, da TV ao palco de eventos —, que conselhos você daria para jovens que sonham com uma carreira na comunicação?

Acho que fazer meu curso já é uma grande decisão. E falo isso com muita segurança porque sair da zona de conforto e estudar e continuar aprendendo nos aproxima de nossos objetivos; afinal tudo é comunicação!

Esteja sempre decidido a aproveitar as oportunidades. Todo começo é muito desafiador. Nunca desista dos seus sonhos, daquilo que nasceu para fazer. Quando nasce um sonho, nasce também a possibilidade de realizá-lo. Primeiro você tem que poder para depois querer. Então se prepare, estude e não esqueça: para andar mil léguas e necessário dar o primeiro passo!

Por fim, o que te inspira hoje? Quais são os projetos ou causas que mais tocam o seu coração atualmente?

Minha maior inspiração é minha fé em Deus que faz com que eu tenha fé na vida e viva com propósito: deixar meu legado e dividir tudo o que eu aprendi e dessa forma mudar para melhor a vida das pessoas. Isso me impulsiona e me motiva, fortemente. Ajudar e servir! Orar e trabalhar!

Os projetos do coração: GRAACC - Casa Ronald McDonald Moema/ CENTRO CULTURAL - INSTITUTO MARCOS HACKER DE MELO e AACD.


Adriana Colin - Foto: Adriana Margotto Fotografia