quinta-feira, 19 de junho de 2025

Francisco Cuoco morre aos 91 anos e deixa legado eterno na dramaturgia brasileira

 


O Brasil se despede de um de seus maiores artistas. Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, ícone da televisão, do teatro e do cinema nacional. Ele estava afastado da TV desde 2023, quando fez uma participação especial na série No Corre, e enfrentava problemas de saúde como sobrepeso e dificuldades de locomoção.

Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco trocou o curso de Direito pela arte ao se encantar com o teatro durante sua passagem pela Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita. Sua estreia nos palcos se deu nos anos 1950, com participações marcantes no Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.

Sua transição para a televisão foi natural e inevitável. Passou pelas principais emissoras da época, como TV Tupi, TV Rio, Excelsior e Record, até se consagrar na TV Globo nos anos 1970. Foi lá que viveu papéis icônicos como Cristiano Vilhena (Selva de Pedra, 1972), Carlão (Pecado Capital, 1975) e o enigmático Herculano Quintanilha (O Astro, 1977), este último reprisado em uma nova versão em 2011.

Versátil, Cuoco participou de mais de 40 novelas, além de atuar em filmes como Gêmeas (1999) e Cafundó (2005). Também chegou a se arriscar como cantor e acumulou prêmios importantes como o Troféu Imprensa e reconhecimento da APCA, marcando presença em praticamente todas as fases da teledramaturgia brasileira.

Mesmo longe da televisão, manteve-se próximo do público pelas redes sociais, onde compartilhava memórias, reflexões e até poesias. Deixa três filhos e uma legião de fãs que cresceram acompanhando sua elegância, carisma e talento nas telas.

Francisco Cuoco não foi apenas um galã clássico. Ele foi — e seguirá sendo — um dos pilares da cultura televisiva do País, dono de uma trajetória que atravessou décadas com dignidade, profundidade e beleza.

Veja a seguir uma das muitas gravações que ele fez nos anos 1970-