segunda-feira, 8 de abril de 2019

Açude do Xaréu verte em Fernando de Noronha e garante abastecimento na ilha

Já no comecinho de abril, as chuvas dão sinais de que serão mais generosas este ano. Em Fernando de Noronha, em apenas um dia o volume de chuvas acima do esperado levou o Açude do Xaréu a atingir sua capacidade máxima de acumulação e verter, fato que não ocorria desde 2017. Na semana passada, o manancial estava com 85% da sua capacidade. Esse reservatório é a principal fonte hídrica para abastecimento na ilha e responsável por 65% da água distribuída para a população de Noronha. Com cerca de 411 mil metros cúbicos de água armazenados, o Xaréu garante a disponibilidade de água para a ilha por mais de um ano, aproximadamente, mesmo que não chova mais.

A quadra chuvosa, iniciada neste mês, deixou os técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) mais tranquilos e otimistas, tendo em vista que, no ano passado, embora tenha ocorrido chuvas, o Xaréu não chegou a ‘sangrar’. De toda forma, a Compesa esclarece que ainda não é possível ainda melhorar a distribuição de água para os moradores por meio do açude, pois a companhia já realiza a captação do volume máximo permitido no Xaréu. “Se explorarmos mais do que já fazemos hoje, podemos secar o açude muito mais rápido, comprometendo a preservação desse manancial e também o atendimento da população em períodos posteriores. Além disso, o sistema de tratamento de água do Xaréu foi dimensionado para operar com o volume o máximo que é permitido ser retirado do açude”, explica Bruno Eduardo Gonçalves, gerente de Unidade de Negócios da Compesa.

De acordo com o gerente, além do tratamento realizado na água proveniente do Açude do Xaréu, o abastecimento é complementado com a produção gerada pelo sistema de dessalinização e uma pequena contribuição de alguns poços. Para reduzir, de forma definitiva, o calendário de abastecimento praticado em Fernando de Noronha, que hoje é de um dia com água para sete dias sem, a alternativa estudada pela Compesa é a ampliação da capacidade do Sistema de Dessalinização da água do mar – que hoje já é o maior utilizado no Brasil para abastecimento humano. A companhia já elaborou o projeto, no valor de R$ 22 milhões, e está em busca de órgãos financiadores para captar recursos que possibilitem executar as obras.

Imprensa Compesa