📌 A ausência de administradores habilitados em funções estratégicas de gestão tem colocado contratos públicos e privados em risco na Bahia. O alerta é do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA-BA), que intensificou a fiscalização ao identificar atividades típicas da Administração sendo executadas sem a responsabilidade técnica exigida por lei.
📌 Em 2025, o Conselho analisou mais de sete mil editais, realizou cerca de 900 ações de fiscalização e acompanhou mais de mil processos administrativos em diferentes regiões do estado. As ações alcançaram prefeituras, câmaras municipais, autarquias, empresas e organizações que atuam em áreas como planejamento, gestão e controle sem a indicação formal de administrador responsável.
📌 “Quando um contrato é executado sem um profissional habilitado, o risco não é apenas para a instituição contratante, mas para toda a sociedade”, afirma o presidente do CRA-BA, Ramiro Lubian Carbalhal. Ele destaca que a ausência de responsabilidade técnica pode gerar falhas de planejamento, desperdício de recursos e insegurança jurídica.
📌 A atuação do Conselho ocorre, em muitos casos, de forma orientativa. Gestores públicos e empresas são inicialmente alertados sobre a obrigatoriedade do registro profissional e da indicação de responsável técnico. Persistindo irregularidades, o CRA-BA adota medidas administrativas previstas em lei.
📌 Para Jair Nascimento, coordenador de Fiscalização e Registro, o trabalho busca corrigir falhas antes que se transformem em prejuízos maiores. “Nosso papel é identificar situações irregulares e orientar para a adequação. Quando isso não ocorre, a fiscalização atua para assegurar o cumprimento da lei e a proteção do interesse público”, explica.
📌 O vice-presidente do Conselho, Edilson Freire, reforça que a intensificação das ações tem efeito direto na profissionalização da gestão pública e privada. “Cada orientação e cada fiscalização fortalecem a cultura da responsabilidade técnica e valorizam o administrador como agente essencial da boa gestão”, afirma.
📌 A ampliação da fiscalização foi acompanhada pela modernização dos processos internos e pela digitalização dos serviços. Em 2025, o CRA-BA registrou 760 novos profissionais, 215 empresas e emitiu 1.170 carteiras profissionais. A Central de Serviços realizou mais de 40 mil atendimentos, refletindo a crescente demanda.
📌 Além das ações fiscalizatórias, o Conselho manteve uma agenda contínua de formação e orientação. Cursos, palestras, workshops e visitas técnicas levaram debates sobre gestão pública, governança, inovação e responsabilidade técnica a profissionais e estudantes em diversas regiões da Bahia.
📌 O ano também foi marcado pelas comemorações dos 60 anos da regulamentação da profissão de administrador. Monumentos de Salvador foram iluminados em azul safira e o I Encontro de Profissionais de Administração da Bahia reuniu representantes de diferentes segmentos. Sessões solenes destacaram a contribuição da Administração para o desenvolvimento do estado.
📌 Em dezembro, o CRA-BA homenageou o administrador João Eurico Matta (in memoriam), em parceria com a Academia Baiana de Ciência da Administração (ACADM) e o Sindicato dos Administradores da Bahia (Sindaeb). O tributo ocorreu em formato de podcast, reconhecendo seu legado técnico e ético.
📌 Para 2026, o Conselho projeta consolidar as ações de fiscalização, ampliar a presença no interior e fortalecer iniciativas de orientação preventiva. “Fiscalizar é proteger a sociedade e garantir que a gestão pública e privada seja exercida com responsabilidade, técnica e legalidade”, conclui Ramiro Carbalhal.