🍰 A “Ciranda do Bolo de Noiva”, escrita em 2021 pelo poeta popular Cel. Ricardo Santos, é uma homenagem às boleiras pernambucanas e ao reconhecimento oficial do bolo de noiva como Patrimônio Cultural Imaterial do estado. O texto mistura lembranças de infância, memórias afetivas e versos rimados que exaltam a tradição e a importância desse doce na cultura local.
👩🍳 A narrativa começa com recordações de quando, ainda criança, o autor vivia momentos na casa de Dona Inalda, boleira que preparava bolos de noiva com cobertura de açúcar e limão. Essas imagens simples e saborosas se transformam em poesia, revelando o quanto o bolo está ligado às memórias familiares e ao cotidiano das comunidades.
🎂 A ciranda destaca o papel da professora Cristianne Barros, que liderou pesquisas e mobilizações para registrar o bolo de noiva como patrimônio imaterial. O poema reconhece sua luta e a valorização das boleiras, mulheres que dedicam suas vidas a manter viva essa tradição, ajustando receitas e preservando saberes transmitidos de geração em geração.
🌾 Nos versos, o bolo de noiva é descrito como “arte grande, dom celestial”, preparado com ingredientes que vão além da técnica: amor, paz e fé. A referência à Inglaterra lembra a origem do bolo, inspirado no Christmas Cake, mas adaptado em Pernambuco com sabores únicos que conquistaram o paladar e o coração do povo.
🎉 O poeta também se coloca como provador e guardião dessa memória, entoando a ciranda como registro da cultura popular. “Quero mais, quero mais, bolo gostoso demais”, repete em refrão, reforçando que o doce é símbolo de celebração, união e identidade.
📖 A “Ciranda do Bolo de Noiva” é, portanto, mais que um poema: é um documento afetivo que une poesia, história e cultura. Ao cantar o bolo como manjar, o autor reafirma sua importância como patrimônio e como expressão viva da tradição pernambucana.