segunda-feira, 20 de outubro de 2025

#SendoProsperidade com Mariângela Borba

 


Inteligência Espiritual: A Chave Para Uma Vida Com Propósito Em Um Mundo Artificial

Por Mariângela Borba

 

Olá você leitor do #SendoProsperidade,  tudo bem? Num tempo em que só se fala em Inteligência Artificial, eu diria até que de forma exaustiva, por aqui não vamos nos ater a ela, uma vez que não é racional como nós,  humanos e se trata, na verdade, de um modelo puramente probabilístico de aleatoriedades. Sendo assim,  não é uma “entidade” consciente, ligada a valores e propósitos,  mas um programa de computador, um complexo conjunto de fórmulas matemáticas desenvolvidas para determinar quais palavras têm maior probabilidade de fazerem sentido conforme o treinamento do modelo de linguagem e os dados que são imputados na ferramenta, advindos de cálculos de probabilidade e não de um processo de raciocínio. E é por isso que hoje estamos aqui para falar de um conceito moderno e multifacetado – bem real,  por sinal - a que chamamos de Inteligência Espiritual (IE). Afinal,  como o nome já diz,  a IA é artificial.  

Você já ouviu por aí falarem da IE? Vale ressaltar que num passado,  não tão distante,  as pessoas acreditavam que a inteligência se media apenas pelo QI (Quociente Intelectual) que,  na verdade, era medido apenas pela capacidade lógica de cada indivíduo (https://quanticaconsultoria.com/2019/04/02/inteligencia-emocional-e-inteligencia-espiritual/ ) . Logo,  é válido ressaltar que outros tipos de inteligência existem e são necessárias para que uma comunidade alcance sua plenitude.

É mais comum as pessoas falarem de Inteligência Emocional (QE), popularizada pelo jornalista científico norte-americano e psicólogo, Daniel Goleman (https://www.danielgoleman.info/), mais frequentemente, que Inteligência Espiritual.  Logo,  a QE é a habilidade de entender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros,  promovendo a empatia e a motivação. Ela é importante para o sucesso pessoal e profissional,  pois ajuda a lidar com o estresse, tomar decisões,  construir relacionamentos, além de alcançar objetivos. E sabe,  ela envolve diversas habilidades como:  

·         Autoconsciência: conhecer suas próprias emoções e como elas afetam o seu comportamento.

·         Autorregulação: Controlar suas emoções e impulsos, adaptando-se a diferentes situações.

·         Motivação: usar suas emoções para alcançar seus próprios objetivos e superar desafios.

·         Empatia: Compreender e se colocar no lugar dos outros, reconhecendo suas emoções.

·         Habilidades Sociais: construir e manter relacionamentos saudáveis, comunicando-se de forma eficaz e resolvendo conflitos.

Já a Inteligência Espiritual (QS), recentemente apresentada pela física e filósofa Danah Zohar, em seu livro “QS: Inteligência Espiritual”, nosso tema de hoje,  é a capacidade de acessar e integrar valores, significados e propósitos superiores em nossas vidas.  Trata-se de um conjunto de faculdades intelectuais que envolve a busca por um sentido  maior na existência, a conexão com algo transcendente e a capacidade de aplicar esses princípios em nossas ações e relacionamentos. Estudiosos do mundo inteiro, da área da neurologia e da psicologia, identificaram no cérebro humano uma área denominada “Ponto de Deus”, responsável pelas experiências espirituais e pela busca por significados e valores para a vida (https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2024/11/03/deus-existe-deus-existe-no-cerebro-diz-neuropsicologo-e-pesquisador.ghtml).  De acordo com os cientistas Zohar e Marshall (2012), o lobo temporal,  área cerebral definida como “Ponto de Deus”, na região temporal anterior do cérebro,   desempenha um papel importante no armazenamento de aspectos fundamentais da crença e comportamentos de cunho espiritual.

Algumas características da inteligência espiritual incluem:

·         Autoconsciência : conhecer seus valores e crenças mais profundas.

·         Significado e propósito: buscar um sentido maior na vida e nas atividades.

·         Transcendência: Conectar-se com algo além do ego e do mundo material.

·         Compromisso com valores: agir de acordo com seus princípios e valores.

·         Flexibilidade e adaptação: lidar com desafios e mudanças com serenidade e sabedoria.

Sendo assim,  a Inteligência Espiritual questiona o sentido da vida, ao mesmo tempo que se conecta com o mundo, ligada aos nossos valores e crenças.  Embora seja possível desenvolver a Inteligência Espiritual sem a Inteligência Emocional,  é preciso dizer que a Inteligência Emocional desempenha um papel crucial no desenvolvimento da Inteligência Espiritual,  pois aprimora competências como,  por exemplo,  gerenciar emoções. 

Pessoas e líderes inspiradores, que entendem de gente, são os que têm maior grau de Quociente Emocional (QE) e criam o melhor ambiente de trabalho, promovem o desenvolvimento das pessoas e na maior parte dos casos, obtém resultados  de negócios superiores e mais sustentáveis. Líderes emocionalmente inteligentes conseguem gerenciar suas próprias emoções e as da equipe, o que melhora a comunicação, a resolução de conflitos, o engajamento e a produtividade em geral (https://gptw.com.br/conteudo/artigos/lideranca-inspiradora/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20lideran%C3%A7a,evoluir%20como%20neg%C3%B3cio%20e%20empresa).

Contudo, convido você, leitor,  a mergulhar no universo da Inteligência Espiritual, sem jamais negligenciar as outras formas de inteligência que também enriquecem a nossa vida.  Que possamos encontrar o ponto de equilíbrio entre o avanço tecnológico e a nossa essência humana,  nutrindo valores,  propósitos e conex̌ões que transcendem o mundo artificial.  Ao abraçamos a nossa humanidade  em sua totalidade,  estaremos preparados para construir  um futuro mais consciente, conectado e alinhado com o nosso verdadeiro ser.

 

*Mariângela Borba é comunicadora multifacetada, jornalista diplomada, revisora credenciada, uma social media expert se aventurando pelos estudos da psicanálise. Produtora Cultural com presença nos Conselhos municipais e nacionais de cultura, além de expertise em Cultura Pernambucana. Teve passagem pela secretaria Executiva do MinC, Regional Nordeste, e também Secretaria de Imprensa de Paulista (PE), além de ter circulação pelas conceituadas editorias de jornais e rádios de Pernambuco. Premiada e com produção bibliográfica na área de cultura. Membro da AIP, com um com um bisavô fundador que também era jornalista.