Inteligência Espiritual: A Chave Para Uma Vida Com Propósito
Em Um Mundo Artificial
Por Mariângela Borba
Olá você leitor do #SendoProsperidade, tudo bem? Num tempo em que só se fala em
Inteligência Artificial, eu diria até que de forma exaustiva, por aqui não
vamos nos ater a ela, uma vez que não é racional como nós, humanos e se trata, na verdade, de um modelo puramente
probabilístico de aleatoriedades. Sendo assim,
não é uma “entidade” consciente, ligada a valores e propósitos, mas um programa de computador, um complexo
conjunto de fórmulas matemáticas desenvolvidas para determinar quais palavras
têm maior probabilidade de fazerem sentido conforme o treinamento do modelo de
linguagem e os dados que são imputados na ferramenta, advindos de cálculos de probabilidade
e não de um processo de raciocínio. E é por isso que hoje estamos aqui para falar
de um conceito moderno e multifacetado – bem real, por sinal - a que chamamos de Inteligência Espiritual
(IE). Afinal, como o nome já diz, a IA é artificial.
Você já ouviu por aí falarem da IE? Vale ressaltar que num
passado, não tão distante, as pessoas acreditavam que a inteligência se
media apenas pelo QI (Quociente Intelectual) que, na verdade, era medido apenas pela capacidade
lógica de cada indivíduo (https://quanticaconsultoria.com/2019/04/02/inteligencia-emocional-e-inteligencia-espiritual/
) . Logo, é válido ressaltar que outros
tipos de inteligência existem e são necessárias para que uma comunidade alcance
sua plenitude.
É mais comum as pessoas falarem de Inteligência Emocional
(QE), popularizada pelo jornalista científico norte-americano e psicólogo, Daniel
Goleman (https://www.danielgoleman.info/), mais frequentemente, que Inteligência
Espiritual. Logo, a QE é a habilidade de entender e gerenciar
as próprias emoções e as dos outros,
promovendo a empatia e a motivação. Ela é importante para o sucesso
pessoal e profissional, pois ajuda a
lidar com o estresse, tomar decisões,
construir relacionamentos, além de alcançar objetivos. E sabe, ela envolve diversas habilidades como:
·
Autoconsciência: conhecer suas próprias
emoções e como elas afetam o seu comportamento.
·
Autorregulação: Controlar suas emoções e
impulsos, adaptando-se a diferentes situações.
·
Motivação: usar suas emoções para
alcançar seus próprios objetivos e superar desafios.
·
Empatia: Compreender e se colocar no
lugar dos outros, reconhecendo suas emoções.
·
Habilidades Sociais: construir e manter relacionamentos
saudáveis, comunicando-se de forma eficaz e resolvendo conflitos.
Já a
Inteligência Espiritual (QS), recentemente apresentada pela física e filósofa Danah
Zohar, em seu livro “QS: Inteligência Espiritual”, nosso tema de hoje, é a capacidade de acessar e integrar valores,
significados e propósitos superiores em nossas vidas. Trata-se de um conjunto de faculdades
intelectuais que envolve a busca por um sentido maior na existência, a conexão com algo
transcendente e a capacidade de aplicar esses princípios em nossas ações e
relacionamentos. Estudiosos do mundo inteiro, da área da neurologia e da
psicologia, identificaram no cérebro humano uma área denominada “Ponto de Deus”,
responsável pelas experiências espirituais e pela busca por significados e valores
para a vida (https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2024/11/03/deus-existe-deus-existe-no-cerebro-diz-neuropsicologo-e-pesquisador.ghtml).
De acordo com os cientistas Zohar e Marshall
(2012), o lobo temporal, área cerebral
definida como “Ponto de Deus”, na região temporal anterior do cérebro, desempenha
um papel importante no armazenamento de aspectos fundamentais da crença e
comportamentos de cunho espiritual.
Algumas
características da inteligência espiritual incluem:
·
Autoconsciência : conhecer seus valores e
crenças mais profundas.
·
Significado e propósito: buscar um
sentido maior na vida e nas atividades.
·
Transcendência: Conectar-se com algo além
do ego e do mundo material.
·
Compromisso com valores: agir de acordo
com seus princípios e valores.
·
Flexibilidade e adaptação: lidar com
desafios e mudanças com serenidade e sabedoria.
Sendo assim, a Inteligência
Espiritual questiona o sentido da vida, ao mesmo tempo que se conecta com o
mundo, ligada aos nossos valores e crenças.
Embora seja possível desenvolver a Inteligência Espiritual sem a
Inteligência Emocional, é preciso dizer
que a Inteligência Emocional desempenha um papel crucial no desenvolvimento da
Inteligência Espiritual, pois aprimora competências
como, por exemplo, gerenciar emoções.
Pessoas e líderes inspiradores, que entendem de gente, são
os que têm maior grau de Quociente Emocional (QE) e criam o melhor ambiente de
trabalho, promovem o desenvolvimento das pessoas e na maior parte dos casos,
obtém resultados de negócios superiores
e mais sustentáveis. Líderes emocionalmente inteligentes conseguem gerenciar
suas próprias emoções e as da equipe, o que melhora a comunicação, a resolução
de conflitos, o engajamento e a produtividade em geral (https://gptw.com.br/conteudo/artigos/lideranca-inspiradora/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20lideran%C3%A7a,evoluir%20como%20neg%C3%B3cio%20e%20empresa).
Contudo, convido você, leitor, a mergulhar no universo da Inteligência
Espiritual, sem jamais negligenciar as outras formas de inteligência que também
enriquecem a nossa vida. Que possamos
encontrar o ponto de equilíbrio entre o avanço tecnológico e a nossa essência
humana, nutrindo valores, propósitos e conex̌ões que transcendem o
mundo artificial. Ao abraçamos a nossa
humanidade em sua totalidade, estaremos preparados para construir um futuro mais consciente, conectado e
alinhado com o nosso verdadeiro ser.
*Mariângela Borba é comunicadora multifacetada, jornalista
diplomada, revisora credenciada, uma social media expert se aventurando pelos
estudos da psicanálise. Produtora Cultural com presença nos Conselhos
municipais e nacionais de cultura, além de expertise em Cultura Pernambucana.
Teve passagem pela secretaria Executiva do MinC, Regional Nordeste, e também
Secretaria de Imprensa de Paulista (PE), além de ter circulação pelas
conceituadas editorias de jornais e rádios de Pernambuco. Premiada e com produção
bibliográfica na área de cultura. Membro da AIP, com um com um bisavô fundador
que também era jornalista.