No dia 10 de outubro, o mundo celebra o Dia Internacional da Saúde Mental, data que tem como objetivo ampliar a conscientização sobre o equilíbrio emocional e o bem-estar psicológico. Apesar dos avanços, o tema ainda é tratado como secundário por grande parte da população brasileira.
Segundo a psicóloga Wilma Soares, coordenadora da equipe de Psicologia da Clínica Reconciliar Spa Terapêutico, muitas pessoas só buscam apoio profissional quando o sofrimento já está avançado. “A saúde mental ainda recebe menos atenção do que a saúde física, mas o aumento da procura por atendimentos psicológicos mostra que estamos caminhando para uma maior valorização do tema”, afirma.
🚫 Desafios e estigma
O preconceito em relação à busca por ajuda emocional continua sendo um dos principais obstáculos. Ainda há quem associe o acompanhamento psicológico à “loucura” ou à fraqueza. Wilma destaca a importância de campanhas de incentivo à saúde mental, especialmente nos ambientes de trabalho, onde os índices de adoecimento emocional são elevados.
Outro desafio é o acesso restrito aos serviços de cuidado psicológico. Embora existam atendimentos sociais e de baixo custo, grande parte da população desconhece essas alternativas. A falta de informação, somada à desigualdade social, mantém o cuidado com a mente fora do alcance de muitos brasileiros.
⚠️ Sinais de alerta e hábitos de prevenção
Isolamento social, estresse constante e queda de energia são alguns dos sinais de que algo não vai bem. Sem acolhimento ou acompanhamento, esses sintomas podem evoluir para transtornos mais graves, como ansiedade e depressão.
Wilma recomenda práticas simples para preservar o equilíbrio emocional: atividade física 🏃♀️, alimentação saudável 🥗, sono de qualidade 😴 e momentos de lazer 🎨. O autoconhecimento e os vínculos afetivos também são fundamentais para o bem-estar.
📲 Impactos contemporâneos e desigualdade
A sobrecarga de trabalho, o uso excessivo das redes sociais e as pressões do dia a dia têm se tornado gatilhos comuns para o sofrimento emocional. Entre os jovens, o alto consumo de conteúdo digital e a dificuldade em lidar com frustrações elevam o estresse. Já os idosos enfrentam desafios emocionais relacionados a perdas e à falta de preparo para lidar com sentimentos.
A pandemia de Covid-19 intensificou quadros de ansiedade, depressão e transtornos como o TOC. A desigualdade social agravou ainda mais o cenário, dificultando o acesso ao tratamento especializado para as classes mais baixas.
🏥 Políticas públicas e conscientização
Wilma defende o fortalecimento das políticas públicas voltadas à saúde mental, com a inclusão da psicoterapia nas redes básicas e nos serviços de emergência. “Precisamos tornar o cuidado emocional parte da rotina de prevenção, e não apenas uma resposta ao sofrimento”, conclui.
Neste Dia Internacional da Saúde Mental, a mensagem é clara: cuidar da mente é um investimento direto em qualidade de vida, produtividade e bem-estar coletivo. 💚
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📸 Foto: Gabriel Garcia