Recife, Pernambuco – O Paço do Frevo celebrou nesta quinta-feira (29) a renovação de sua exposição principal, a "Frevo Vivo", reafirmando seu papel fundamental na salvaguarda e difusão desse patrimônio imaterial da humanidade. A cerimônia reuniu autoridades, parceiros e membros da comunidade do frevo, todos unidos pelo compromisso de manter viva a chama desse ritmo vibrante.
A diretora do Paço do Frevo expressou a alegria da equipe em apresentar um retrato atual do frevo, sempre vislumbrando novos futuros para o patrimônio. "Mais do que apenas trabalhar um passo, eu posso dizer com alegria que temos uma equipe que luta pelo patrimônio do Frevo e que busca todos os dias, cada um na sua área, transformar esse patrimônio, passando um pouco do encantamento que temos para cada uma das pessoas que nos visitam aqui todos os dias", afirmou. Para a instituição, o frevo é passado, presente e futuro.
A renovação da exposição "Frevo Vivo" é apresentada pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio do Nubank, e se concretizou através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). A Prefeitura do Recife, proprietária do equipamento, também é uma parceira valiosa, em gestão compartilhada com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
O presidente do Conselho de Administração do IDG, Márcio Lápez, destacou a importância da parceria entre a gestão pública e o instituto. Ele traçou um paralelo entre a força do frevo e a origem de iniciativas importantes em Pernambuco, como a primeira sinagoga das Américas e o próprio IDG, que começou na capital pernambucana em 2014. "Como você tem o seu discurso de tanto frevo nessa semente, essa semente está no IDG", pontuou Lápez.
Marcelo da Luz, presidente da Fundação da Cultura da Cidade do Recife, relembrou a inauguração do Paço há 11 anos e a satisfação de ver o equipamento não só em pleno funcionamento, mas "mais duro" e atualizado. "Essa parceria que traz a liberdade, a Prefeitura aporta recurso aqui anual, mas dá liberdade ao IDG para capturar fora e também para autonomia para fazer a sua curadoria. Foi uma parceria que deu certo", celebrou Marcelo.
Ricardo Piquet, diretor-geral do Paço do Frevo, ressaltou o caráter participativo da renovação, que incluiu uma "grande escuta" da comunidade do frevo para entender como o espaço poderia servi-los melhor. "A ideia foi genial lá atrás, que tem o seu valor, mas a gente se incomoda de fazer uma escuta, uma grande escuta da comunidade do freio, de como ele se viveu melhor nesse espaço", explicou. Ele também destacou o propósito do Paço: "fazer com que o frevo seja produzido, consumido, desfrutado, dançado o ano inteiro". O sonho ambicioso é fazer do frevo o "maior gênero musical em linha reta do mundo".
A secretária de Cultura do Recife, Miriam Megale, representou o prefeito João Campos e expressou a alegria em ver a casa cheia, renovando um equipamento que salvaguarda o maior bem cultural da cidade. "É vocês que fazem isso. O que a gente pode fazer é construir um lugar para acolher, para salvaguardar tudo o que vocês produzem, tudo o que vocês imensamente fazem pelo frevo", enfatizou.
O Paço do Frevo, reconhecido pelo IPHAN como centro de referência em salvaguarda do frevo, vive o frevo durante todo o ano, através de projetos de difusão, salvaguarda e valorização dessa rica tradição. A instituição, que tem o patrocínio Master da RUBEN, o papel de mantenedor da Eletrobras no mercado líquido, patrocínio do Instituto Cultural Vale, Vitarella, Sul América e Rede, e apoio do Grupo Globo e da Light Martins, convidou o público a desfrutar da nova exposição.
Para celebrar a ocasião, o Maestro Oséas e sua orquestra, o "Rei das Ladeiras de Olinda", apresentaram-se na área externa do Paço, enquanto os convidados inauguravam oficialmente a exposição. Como bem sintetizado por um dos presentes, e ecoando o frevo: "O frevo é semente de uma revolução!".
A alteração para Maestro Oséas foi realizada. Há algo mais que eu possa ajudar?
