Com estimativa de 6.510 novos casos em 2025, sendo 1.200 em Salvador, a Bahia ocupa o segundo lugar no ranking nacional de incidência de câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Brasil, são esperados 71.730 diagnósticos da doença neste ano, que representa o tipo de tumor mais comum entre homens (excluindo o câncer de pele não melanoma) e responde por 28,6% das mortes masculinas por neoplasias malignas.
🧬 Fatores de risco
- Idade avançada
- Etnia (maior predisposição entre afrodescendentes)
- Tabagismo, obesidade e sedentarismo
- Alimentação rica em gorduras, carboidratos e ultraprocessados
- Histórico familiar da doença
🥗 Hábitos protetivos
- Prática regular de atividade física
- Manutenção do peso adequado
- Alimentação equilibrada com frutas, verduras, legumes e carnes magras
💬 O oncologista Rafael Batista, da Oncoclínicas, destaca que a alta incidência na Bahia reflete a realidade da maior população negra do país:
> “Além da maior propensão, o tumor costuma evoluir de forma mais agressiva entre os afrodescendentes.”
🚨 Sintomas e diagnóstico
O câncer de próstata costuma ser silencioso em seu estágio inicial, apresentando sintomas apenas em fases mais avançadas, como:
- Dificuldade para urinar, dor ou ardor
- Gotejamento prolongado
- Aumento da frequência urinária
- Sangue no sêmen, dor óssea e impotência sexual (em casos avançados)
🩺 O exame de toque retal, que dura de 5 a 15 segundos, é essencial para o diagnóstico precoce, complementando o teste de PSA (antígeno prostático específico).
> “A desinformação e o preconceito ainda afastam muitos homens dos exames de rastreamento”, alerta o oncologista André Bacellar.
🎯 A recomendação é que homens a partir dos 50 anos realizem avaliação médica anual. Para grupos de risco — como afrodescendentes e homens com histórico familiar — os exames podem ser indicados a partir dos 40 ou 45 anos.
🧪 Tratamento e vigilância ativa
O tratamento é individualizado, considerando idade, estágio da doença e agressividade do tumor. Nem todos os casos exigem intervenção imediata. Em tumores iniciais e de baixa agressividade, o acompanhamento com consultas e exames periódicos pode ser suficiente.
Opções terapêuticas incluem:
- Cirurgia
- Radioterapia (externa ou interna/braquiterapia)
- Bloqueio hormonal
💙 O movimento Novembro Azul reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da quebra de tabus para salvar vidas.