A partir desta terça-feira (1º), movimentos sociais, centrais sindicais, a União Nacional dos Estudantes (UNE), partidos políticos e diversas organizações da sociedade civil darão início à coleta de votos do Plebiscito Popular. A iniciativa busca ouvir a população sobre dois temas centrais: o fim da escala de trabalho 6x1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
📍 Consulta popular em todo o Brasil
A votação é voluntária e será realizada até o dia 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil. As urnas serão organizadas por voluntários em todos os estados. Os eleitores responderão a duas perguntas:
1. Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da escala 6x1?
2. Você é a favor de que quem ganha mais de R$ 50 mil pague mais imposto, para que quem recebe até R$ 5 mil fique isento do Imposto de Renda?
📣 Pressão popular por mudanças no Congresso
As propostas abordadas no plebiscito já tramitam no Congresso Nacional, mas sem avanços significativos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1 é de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), enquanto a reforma tributária é uma das promessas do governo federal.
Segundo Igor Felippe, da executiva nacional do Plebiscito Popular, a mobilização busca pressionar o Congresso a ouvir a maioria da população. “São duas medidas que beneficiam a esmagadora maioria da população brasileira, que não está sendo ouvida pelo Congresso Nacional. O plebiscito é uma ferramenta de participação democrática e expressão coletiva”, afirma.
✊ Trabalhadores e juventude na linha de frente
Entre as entidades envolvidas estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Frente Povo Sem Medo e a Frente Brasil Popular. Para Sérgio Nobre, presidente da CUT, o plebiscito é uma forma de escancarar os interesses em jogo: “Vamos falar de pautas históricas para a classe trabalhadora. Queremos saber quem está do nosso lado e quem defende patrão e milionário.”
A UNE também participa ativamente da mobilização. Manu Mirella, presidente da entidade, destaca o impacto das jornadas exaustivas sobre os jovens: “A juventude é a mais afetada pela falta de trabalho digno, muitas vezes tendo que desistir dos estudos para dar conta das jornadas excessivas.”
📬 Resultado será entregue às autoridades
O resultado da votação será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.
🔗 Mais informações estão disponíveis no site oficial plebiscitopopular.org.br e no perfil do Instagram @plebiscitopopular.
