quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Nota da SDS sobre a Guarda Patrimonial

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco lançou nesta quinta (1º) uma nota oficial sobre a mobilização de guardas patrimoniais (policiais e bombeiros militares aposentados, que optam por continuar trabalhando). Segue a nota:

Tendo em vista o movimento desencadeado por alguns integrantes da Guarda Patrimonial, a Secretaria de Defesa Social – SDS lembra que o País está em crise, e Pernambuco, como os demais Estados, sofre seus efeitos. Assim, a SDS reconhece que a retribuição financeira hoje paga não é a ideal, porém, esforços estão sendo realizados e benefícios foram implantados, que impactam sobremaneira a folha de pagamento do Estado, como o vale-refeição de R$ 246,40 por mês (em vigor desde janeiro último), o auxílio-uniforme de R$ 750,00 anuais, além da extensão do pagamento também aos policiais militares inativos de auxílio-transporte, no valor de R$ 400,00 para as praças, e de R$ 600,00 para os oficiais, também a partir de junho deste ano. Isso resultou num incremento de 82,53% ao menor vencimento pago a um integrante da Guarda Patrimonial.

A SDS lembra, ainda, que o Governo do Estado vem realizando estudos para verificar possíveis distorções entre os diversos níveis funcionais existentes na Guarda Patrimonial.

Secretaria de Defesa Social de Pernambuco

Nota do Blog: Os guardas reivindicaram reajuste salarial e a melhoria das condições de trabalho da categoria. Além disso, os guardas pedem o reajuste de gratificações, a concessão da gratificação de risco de vida, o mesmo critério de reajuste salarial adotado para os militares estaduais, bem como a regularização do desconto do imposto de renda. Eles pedem ainda que o adicional de designação para guardas patrimoniais seja equiparado aos de soldado e denunciam acúmulo de funções. (informações do portal G1)

Debate sobre a Questão Palestina e os Direitos Humanos no Recife


Da esq. para dir: Karine Garcêz, Sandra Guimarães e Carlos Latuff



Estive na tarde do segundo dia do seminário A Questão Palestina e os Direitos Humanos e o clima era de expectativa para o debate da noite, que você pode ver no vídeo aqui.  Chegando ao Centro de Educação da UFPE, onde ocorreu o evento, vi expostas várias bandeiras e Keffiyeh (tecidos em xadrez usados como símbolo da resistência de palestinos e aliados). O público vinha chegando e entre os presentes, muitos jovens, a maioria de estudantes de várias faculdades ligadas à UFPE e ativistas das mais variadas causas.

No hall próximo ao auditório havia uma exposição fotográfica, com imagens de Karine Garcez, uma das convidadas, e de Aline Baker. Garcez é cearense, vive em Fortaleza e é muçulmana convertida. Baker, por sua vez, é neta de refugiados palestinos. Elas fotografaram entre os anos de 2012 e 2015 regiões da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. A seguir algumas das fotos da exposição:









Convidados - Conversando com a artesã, fotógrafa e relações internacionais Karine Garcez, a curiosidade me fala mais alto e acabo perguntando como é a vida de uma muçulmana no Brasil. "Me sinto discriminada, sim, infelizmente", afirma e quando viaja para a Europa sempre tem sua bagagem revistada mais de uma vez por policiais. Por conta disso, passou a manter em Fortaleza o projeto Mulismah, onde ela vai para escolas e faculdades para explicar o que é o Islã e desconstruir a imagem de "fanáticos" e "terroristas" ligadas à religião. Outro fator muito comentado é o fato de que a mulher é oprimida na cultura islâmica. "Por incrível que possa parecer, em países como Líbia e Egito, o movimento feminista é muito forte e assim como no ocidente, a luta é constante, pois como disse Simone de Beauvoir, 'os direitos das mulheres não são direitos permanentes'".

A ativista Sandra Guimarães é potiguar e trabalha como cozinheira vegana. Leva "uma vida cigana", como ela mesma diz, viajando entre o Brasil, a Europa, a Palestina e o Líbano. Orgulha-se de ser uma ativista de várias causas: Direitos Humanos, Veganismo, Direitos dos Animais, Feminismo, Movimento LGBTQ e na Palestina, deu aulas de cozinha típica vegana para as comunidades locais. Tamanha ligação com o ativismo tem um motivo principal. "Comer é um ato político. Precisamos ver o que estamos comendo, ver que não só a fêmea humana, mas até a fêmea animal é explorada: o leite das vacas, os ovos das galinhas. É muito séria essa questão do que colocamos na mesa pra nossa família comer", afirma. 

O terceiro convidado da tarde, o chargista Carlos Latuff, contou que aderiu à causa palestina em 1998 ao viajar para a região e descrever que a comunidade sofre "um verdadeiro apartheid". Latuff ainda afirmou que "a visão da imprensa 'oficial' é muito diferente da realidade e que só se sabe da verdade quando se a vive". Carioca de 47 anos, tem seu trabalho mais conhecido fora do Brasil (principalmente em países do Oriente Médio e do Norte da África), e seus traços retratam o ponto de vista dos marginalizados: "Ninguém chora pela periferia, não se chora pelo iraquiano, pobre, favelado, marginal, eles sempre serão retratados como 'gente do mal'". Ao ser perguntado se não temia ameaças, respondeu "você pode até matar o artista, mas a arte nunca será morta". Seu engajamento pela causa é tamanho, que ele já foi chamado de "terrorista" e "antissemita".

Além de debates, palestras, vídeos e da exposição fotográfica, o seminário foi encerrado com um jantar árabe-vegano no restaurante Papa Capim, com os pratos preparados pela Sandra Guimarães.

Decisão judicial: "Golpe na democracia"


Ao decidir pela soltura de um preso em Belo Horizonte, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, resolver protestar contra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Enquanto os bandidos deste País, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia", escreveu Tomaz em sua decisão. 
UOL entrou em contato com a assessoria da Justiça Federal em Minas Gerais, que informou que o juiz não comentaria o caso, mas confirmou a decisão. De acordo com a assessoria, o juiz que estava de plantão no fim de semana, expediu três alvarás de soltura, entre eles, o de José Cleuto de Oliveira Almeida.
O "protesto" do magistrado aconteceu no sábado (27), às vésperas da votação no Senado Federal que provocou a saída de Dilma da Presidência da República.
Almeida foi solto no domingo (28) de um presídio de Belo Horizonte, após receber alvará de soltura da Justiça Federal, segundo a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Um dia antes, o juiz decidiu soltar Almeida, alegando que "não havia justa causa para a manutenção de sua prisão". Ao argumentar sobre sua decisão, o juiz alegou que Almeida "está a ganhar seu pão", ao contrário de outras pessoas que deveriam estar presas.
"Efetivamente, o custodiado (preso) está a ganhar seu pão, enquanto os bandidos deste País, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia", afirmou Tomaz.
Portal UOL

Após impeachment, Cristóvam Buarque pode ganhar cargo de embaixador na Unesco


O senador Cristovam Buarque definiu como votará no julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Segundo entrevista à Folha, Cristovam vê pedaladas fiscais da presidente comprovadas pelo relatório de Antonio Anastasia (PSDB), mesmo com o Ministério Público Federal apontando em sentido contrário. De acordo com o jornalista Paulo Henrique Amorim, o que teria ajudado Cristovam, até então indeciso, a definir que "impeachment não é golpe" foi a promessa de ocupar um cargo na Unesco.
"(...) o ansioso blogueiro soube que alguém teria sugerido que Cristóvam fosse o chanceler do novo Governo Dilma [caso a presidente retorne ao poder]. Para ele poder continuar a voar de primeira classe ao exterior. Mas, aparentemente, ele preferiu um golpe mais seguro. Fonte do ansioso blogueiro assegura que Cristóvam será o embaixador Golpista na Unesco, órgão da ONU com sede em... Paris!", disparou PHA, em seu site, Conversa Afiada.
Com informações do Jornal GGN

Depredada sede gaúcha do PMDB


A Brigada Militar (equivalente gaúcha da Polícia Militar) usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo que depredou a sede do PMDB durante protesto contra o presidente Michel Temer, em Porto Alegre. Ativistas fizeram um velório simbólico da democracia, com uma réplica de caixão, e depois arrombaram a entrada do prédio.
Os policiais lançaram ao menos cinco bombas por volta das 19h45min, dispersando os responsáveis pelos atos de vandalismo. O grupo conseguiu entrar na sede e quebrar alguns objetos e equipamentos. Depois disso, incendiaram um contêiner de lixo e atiraram para dentro do comitê, em frente ao Parque da Redenção.
A manifestação, que começou na Esquina Democrática, reuniu mais de 3 mil pessoas, conforme a EPTC. O manifesto é organizado por movimentos sociais e defende a volta de Dilma Rousseff ao cargo de presidente da República.
A concentração começou às 18h. Depois, os manifestantes seguiram em caminhada pela Salgado Filho e João Pessoa, até chegar na avenida Ipiranga. Na esquina com a Érico Veríssimo, pneus foram queimados pelos manifestantes, que também atiraram pedras e garrafas contra a BM, gritando “vocês estão do lado errado!”.
Correio do Povo (RS)

Governo Temer revoga sistema de avaliação da educação básica do MEC

A rede de entidades que compõem a Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) repudiou hoje (1º) a revogação da Portaria nº 369, do Ministério da Educação, promulgada em 5 de maio de 2016, com o objetivo de regulamentar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb), criado para avaliar e aprimorar as políticas públicas de educação. O sistema foi dissolvido por decisão do ministro da Educação, Mendonça Filho, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União sexta-feira (26).
Conforme nota pública, desconstruir a regulamentação do Sinaeb “só reforça a avaliação acerca do caráter e da intenção do governo Temer, dedicado a extinguir ações e programas governamentais ao invés analisá-los e fortalecê-los”. “Reforça a velha tradição de descontinuidade das políticas públicas, o que expressa um grave descompromisso com o direito à educação, em nome de interesses alheios aos ditames constitucionais”, dizem as entidades.
O Sinaeb foi concebido após dois anos de discussão envolvendo servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), professores, gestores, pesquisadores e demais especialistas em educação. Entre as organizações participantes do processo estão a CNDE, o Conselho Nacional de Educação (CNE), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e o Fórum Nacional de Educação (FNE).
As entidades ressaltam que, o mesmo governo que agora revoga o Sinaeb, está desconstruindo a política de educação infantil e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), entre outros retrocessos. “É o mesmo que edita a inaceitável Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, estabelecendo um teto de 20 anos para os investimentos em educação, saúde e assistência social, o que inviabiliza de vez o Plano Nacional de Educação 2014-2024 e a expansão de matrículas em creches, pré-escolas, escolas de ensino fundamental, escolas de ensino médio e universidades públicas, além de coibir a melhoria da qualidade da educação”, diz a nota.
Rede Brasil Atual

Políticos sergipanos pró-impeachment são hostilizados

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) e o deputado federal Jony Marcos (PRB-SE) foram agredidos na madrugada desta quinta-feira, 1º, quando desembarcavam no Aeroporto de Aracaju, vindos de Brasília. 

Eles foram chamados de “golpistas”, xingados e tiveram ovos atirados em sua direção. O deputado Jony Marcos recebeu um tapa nas costas. As agressões foram postadas nas redes sociais pelos próprios manifestantes.

De acordo com o senador (foto), que no final da manhã desta quinta diz ter prestado queixa na Polícia Federal, cerca de 20 pessoas que estavam no saguão do aeroporto quando ele se aproximou e foi recebido com gritos. A maioria dos manifestantes estava vestida com camisas vermelhas.

No entendimento de Amorim, as pessoas são livres para votarem como quiserem e essa vontade tem que ser respeitada. "Quando  isso não acontece, é tirania", diz.

Estadão

Escândalos envolvendo Magno Malta são apagados da Wikipédia a partir de computador do Senado

A rede de computadores do Senado foi usada para editar a página do senador Magno Malta (PR-ES) na Wikipédia durante a sabatina de Dilma Rousseff na Casa, na segunda (29). Detectada pelo Brasil WikiEdits, perfil que monitora atualizações na enciclopédia virtual feitas a partir das redes do governo, a alteração apagou todas as menções ao envolvimento de Malta em escândalos. A assessoria dele diz: "Fomos surpreendidos pela informação, desconhecemos e vamos apurar".

Folha SP

Aquarius: governo cede a pressões e coloca a classificação para 16 anos


O Ministério da Justiça voltou atrás e reduziu nesta quinta-feira (1º) a classificação indicativa de "Aquarius" para 16 anos, ao aceitar um pedido de revisão feito pela distribuidora Vitrine Filmes.
O longa de Kleber Mendonça Filho, que estreou nesta quinta (1º), havia sido recomendado para maiores de 18 anos, em decisão publicada no Diário Oficial da União no último dia 22. A avaliação causou polêmica, em meio à tensão política no país e após o protesto da equipe do filme contra o impeachment de Dilma Rousseff durante o festival de Cannes, em maio.
Segundo a Vitrine, a pasta mudou a análise da produção, citando agora cenas de uso de drogas e relação sexual intensa. Para a classificação anterior, a justificativa era de que "Aquarius" continha cenas de sexo explícito, além de drogas. Procurado pelo G1, o ministério confirmou a mudança, mas não comentou o assunto.
Categoria de 'Ninfomaníaca'
"Acreditamos ser uma decisão acertada para o longa", disse a distribuidora em comunicado. Durante o lançamento do filme nesta segunda-feira (29), Mendonça Filho disse ao G1 que achava "injusta" a classificação da obra em 18 anos.

Ele comparou "Aquarius" a outras produções nacionais recentes, como "Bruna Surfistinha", "Boi neon" e "Para minha amada morta", que têm censuras entre 14 e 16 anos e, em sua opinião, "foram mais longe" e "têm mais sexualidade". "O filme não deveria ser colocado na mesma categoria de 'Love', 'Calígula' ou 'Ninfomaníaca'", afirmou.
A trama de "Aquarius" gira em torno de Clara (Sonia Braga), uma jornalista aposentada importunada por uma construtora decidida a transformar o prédio onde vive, último representante de estilo antigo na praia de Boa Viagem, no Recife, em um suntuoso empreendimento de luxo. Cercada por discos, livros e memórias, a protagonista não abre mão do apartamento onde criou os filhos e viveu com o marido já falecido.
Portal G1

Suplicy propõe consulta popular sobre Temer

O ex-senador e candidato a vereador por São Paulo Eduardo Suplicy (PT) defendeu que Michel Temer convoque uma consulta popular para saber "se o povo brasileiro quer ou não que ele exerça o mandato até 31 de dezembro de 2018".
Esta "é a única alternativa para que o governo Michel Temer ganhe legitimidade", afirmou Suplicy durante uma caminhada em Guaianases, na capital paulista, nesta quinta-feira 1º, um dia depois de Dilma Rousseff ter sido afastada da presidência.
O ex-senador do PT disse ainda que a consulta popular poderia ser realizada de maneira a coincidir com o primeiro turno das eleições municipais, que serão realizadas em outubro.
Para ele, caso a consulta aponte que a população não deseja a permanência de Temer na presidência, o Congresso e a Justiça Eleitoral deveriam entrar em um entendimento para que novas eleições presidenciais fossem realizadas em janeiro de 2017.
Portal Brasil 247

Marcela Temer assume cargo

Tão logo se tornou presidente interino, em maio, Michel Temer adiantou que, caso fosse efetivado no cargo, convocaria sua mulher, Marcela, para assumir alguma função na área social.

— Ela virá para a área social. Vai trabalhar intensamente — declarou, reforçando que ela é advogada e muito preocupada com as questões sociais.

Primeira-dama de fato desde quarta-feira, quando Temer foi empossado, Marcela passará em breve a atuar no “Criança Feliz”, nome ainda provisório, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O foco do programa, que será lançado na terceira semana de setembro, em um grande evento no Palácio do Planalto, será o atendimento às 4 milhões de crianças de zero a quatro anos do Bolsa Família.

O ministro Osmar Terra, idealizador do programa, conta que as crianças de até mil dias (pouco menos de três anos) serão atendidas em casa, semanalmente, para avaliação médica, pedagógica e psicológica. Depois desta etapa, até completar quatro anos, as visitas passarão a ser quinzenais.

— Como foi dito há alguns meses pelo presidente, Marcela assumirá seu primeiro desafio no governo atuando neste programa social. É mãe e tem todos os predicados para ajudar nesta área — disse um auxiliar presidencial.

Desde a semana passada, o governo está buscando formar um grupo de assessores que trabalhará com a primeira-dama. Ainda não há definição se Marcela terá um gabinete no Planalto.

O programa começará a ser implantado em dez cidades, como projeto-piloto, entre elas, Boa Vista, Arapiraca (AL), e Pelotas (RS). Para o ano que vem está previsto um orçamento de R$ 300 milhões. Este valor, segundo Osmar Terra, poderá chegar a até R$ 800 milhões.

— Com velocidade, acontecerá em todos os municípios. Haverá uma grande capacitação de gestores e depois uma seleção em nível municipal — afirmou o ministro.

Terra atuará novamente, depois de mais de 20 anos, em parceria com uma primeira-dama. Ele foi secretário-nacional do Comunidade Solidária, criado por dona Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O programa tucano, que atuava em parceria com a iniciativa privada no combate à exclusão social e à pobreza, foi substituído em 2003 pelo Fome Zero da primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marcela e o filho caçula do casal, Michelzinho, deixaram São Paulo, onde moravam, e mudaram-se para Brasília em julho, pondo fim ao desconforto de Temer, que, desde que assumiu a Presidência interinamente, demonstrava preocupação com o fato de Marcela e o filho do casal permanecerem morando na residência da família em São Paulo — que foi alvo de protestos de manifestantes contra o impeachment de Dilma Rousseff. Temer havia criado a rotina de embarcar ao encontro da mulher e do filho às sextas-feiras, quase sempre na hora do almoço.

Após a mudança, a primeira-dama passou a ter na capital uma rotina discreta e, até o momento, participou de apenas uma solenidade oficial ao lado de Temer. No começo deste mês, o acompanhou a um ato de promoção de militares. Dias antes da solenidade, ela acompanhou o filho ao primeiro dia de aula. Temer decidiu em cima da hora ir até a escola para buscar Michelzinho.

Reservada, Marcela não ficou satisfeita com a exposição familiar. Já na solenidade de promoção dos militares, foi Temer quem não gostou das repercussões. Reclamou a auxiliares próximos dos vídeos e fotos em que Marcela se desequilibra e se apoia em seu braço ao descer a íngreme rampa que dá acesso ao Salão Nobre do Palácio do Planalto.

— Marcela é jovem e bonita. Natural que chame atenção e haja curiosidade. Ela terá uma boa atuação numa área que gosta — comentou um auxiliar palaciano.

Jornal Extra (Rio)

Cristóvam Buarque é chamado de "golpista" no Senado



O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) suspendeu, nesta quinta-feira (1º), sessão extraordinária da "Comissão de Educação, Cultura e Esporte", que ele presidia, após ser chamado de "golpista" por manifestantes de entidades estudantis e de professores.
A sessão discutia a "liberdade de expressão na sala de aula", com representantes a favor e contrários ao projeto "Escola sem Partido", um projeto de lei que defende a "neutralidade do ensino" por meio da proibição de suposta "doutrinação ideológica" nas escolas.
Para os críticos, o projeto afeta a liberdade de expressão, o pluralismo de ideias e a autonomia pedagógica nas salas de aulas.
Bráulio Porto de Matos, professor da Faculdade de Educação da UNB (Universidade de Brasília), um dos convidados a falar, afirmou que "os sindicatos de professores têm sido usados, via de regra, como nos Estados Unidos, para promover uma agenda político-partidária de esquerda", durante sua apresentação.
A afirmação provocou vaias e pedidos de "respeito aos professores", de pessoas contrárias ao "Escola sem Partido" que estavam na plateia.
Cristovam Buarque, então, pediu respeito à fala do professor. "Senão vocês estão sendo iguaizinhos aos que querem 'Escola sem Partido'. Querem só com o partido de vocês", afirmou o senador.
O professor retomou a apresentação, mas novamente ouviu protestos da plateia, fazendo com que o senador novamente tomasse a palavra.
"Há pouco eu vi alguém ali dizer 'partidos golpistas não têm direito a fala'. Isso não é democracia", afirmou Cristovam Buarque. "Agora eu vejo ali um cartaz me chamando de golpista. Eu queria que ficasse aqui na frente, deixe a televisão ver."
Cristovam Buarque foi um dos 61 senadores que ontem votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
O manifestante se posicionou com o cartaz atrás do senador, e parte dos que assistiam começou a gritar: "Me representa".
"Eu fiquei nove anos fora do Brasil porque eu chamava os outros de golpistas e, se eu tivesse ficado aqui, eu teria sido preso. Agora, eu convido ele para me chamar de golpista na frente da televisão inteira", disse o senador.
"Eu tive a hombridade de sair do Brasil quando eu não conseguia conviver com golpistas. Vocês estão se submetendo a isso. Eu não me submeto a ser dirigido por um golpista. Como vocês acham que eu sou, eu suspendo a sessão", encerrando os trabalhos.
Veja o vídeo a seguir:

Portal UOL

Mas a internet não vai obedecer....

Michel Temer avisou em sua primeira reunião ministerial que não irá aceitar o uso do termo "golpe" para justificar o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
“Não vamos levar ofensa para casa. Se falar [golpista], nós respondemos. Se não, eles vão tentar nos desvalorizar”, disse Michel Temer. Em resposta, não demorou muito para que usuários criassem uma extensão para o Google Chrome que altera todas as menções ao nome de "Michel Temer" para "Temer Golpista". Veja abaixo como ficam as páginas:

Quem instala o plugin enxerga a Wikipédia do presidente assim:


Quem instala o plugin enxerga a Wikipédia do presidente assim:
Reprodução / Via pt.wikipedia.org

Mesmo as buscas do Google ficam diferentes.


Mesmo as buscas do Google ficam diferentes.
Reprodução / Via google.com.br

Os títulos de notícias em sites de jornais também mudam.


Os títulos de notícias em sites de jornais também mudam.
Reprodução / Via g1.globo.com

E até mesmo nos textos do site da Presidência da República é possível ler “Temer Golpista”.


E até mesmo nos textos do site da Presidência da República é possível ler "Temer Golpista".
Reprodução / Via www2.planalto.gov.br
Com informações do Notícias ao Minuto e do Buzzfeed Brasil

Temer não admite ser chamado de "Golpista"



O presidente não eleito Michel Temer cobrou dos seus ministros um comprometimento com as ideias do governo e que não hesitem em defendê-lo das acusações de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe. Ao dar início à primeira reunião com sua equipe, Temer afirmou que não vai mais admitir ser chamado de golpista e  “que não vai levar ofensa para casa”.
“Golpista é você que está contra a Constituição Federal. Não estamos propondo ruptura constitucional. Nós somos de uma discrição absoluta. Jamais retrucamos [no passado] palavras em relação ao nosso governo, [críticas] à nossa conduta. Mas agora não vamos levar ofensa para casa”, ordenou, pregando que sua equipe tem “elegância absoluta” mas também que “é preciso firmeza”.
Temer disse também que irá fazer “reformar urgentes”: o teto do gasto público, na Previdência e por ultimo uma reforma nas leis trabalhistas.
“Não vamos mais falar em reforma trabalhista, vamos falar em adequação da relação empregado/empregador, uma modernização. Que é aliás um vocábulo que eu usei no pronunciamento que vai ao ar agora às 20 horas”, disse.
Ele disse também que será “inadmissível” qualquer tipo de divisão em sua base parlamentar e determinou que “se é governo, tem de ser governo”.
“Isso aqui não é brincadeira, nem ação entre amigos ou ação contra inimigos”, cobrou o presidente, pedindo que seus ministros não “tolerem” acusações de que os parlamentares se arrependeram do processo de impeachment ao conceder a Dilma o direito de exercer funções públicas.
“Pequeno embaraço”
O presidente Michel Temer admitiu hoje (31) que houve um “pequeno embaraço” na base do governo durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando os senadores decidiram que ela permanece com o direito de exercer funções públicas.
Ele disse que a manutenção dos direitos políticos de Dilma não foi uma derrota para seu governo, mas afirmou que senadores aliados “resolveram sem nenhuma consulta tomar uma posição”. Conforme Temer, caso a decisão fosse combinada com o Palácio do Planalto, poderia haver até um “gesto de boa vontade” ao permitir pela continuidade dos direitos políticos de Dilma.
“Hoje nós tivemos um pequeno embaraço na base governamental, em face de uma divisão que lá se deu. Outra divisão que é inadmissível. Se é governo, tem que ser governo. Quando não concorda com uma posição do governo, vem para cá e converse conosco, para nós termos uma ação conjunta. O que não dá é para aliados nossos se manifestarem lá no plenário sem ter uma combinação conosco”, cobrou.
“Especialmente agora, sem entrar no mérito, que os senadores decidiram que deveria haver afastamento, mas não a inabilitação prevista literalmente pelo texto constitucional, o que vai acontecer é dizerem: ‘Eles se arrependeram, etc’. Não pode tolerar essa espécie de afirmação. Quem tolerar, eu confesso que irei trocar uma ideia sobre isso”, disse.
Golpe na CLT - Em seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional como presidente de fato,  Michel Temer (PMDB) defendeu a reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista.  Ele afirmou que seu compromisso, no que lhe resta de tempo no poder, é "resgatar a força da economia e recolocar o Brasil nos trilhos". 
No vídeo de cinco minutos, o presidente deixou claro que, para isso, será necessário adotar medidas impopulares. "O governo é como a sua família. Se estiver endividada, precisa diminuir despesas para pagar as dívidas. Por isso, uma de nossas primeiras providências foi impor limite para os gastos públicos", disse. 
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E continuou: "Temos que modernizar a legislação trabalhista para garantir os atuais e gerar novos empregos", afirmou em um dos trechos da gravação que foi ao ar por volta das 20h desta quarta-feira (31). 
Ele defendeu também a reforma da Previdência, um de seus principais desafios nos próximos meses. "Para garantir o pagamento das aposentadorias, teremos que reformar a previdência social. Sem reforma, em poucos anos o governo não terá como pagar aos aposentados", disse.
"Meu compromisso é o de resgatar a força da nossa economia e recolocar o Brasil nos trilhos. Sob essa crença, destaco os alicerces de nosso governo: eficiência administrativa, retomada do crescimento econômico, geração de emprego, segurança jurídica, ampliação dos programas sociais e a pacificação do país", disse. 
Com informações das revistas Forum e Exame

Jovem atingida por PM em São Paulo fica cega de um olho

Uma estudante foi atingida no olho e dois fotógrafos foram presos durante a manifestação contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na noite de ontem (31) na capital paulista.
A aluna da Universidade Federal do ABC Deborah Fabri, que integra o movimento Levante Popular da Juventude, passou por exames na manhã de hoje (1º) em uma clínica particular e informou, via redes sociais, que perdeu a visão do olho esquerdo. Ela foi atendida durante a madrugada no Hospital das Clínicas.
A também militante do Levante Juventude Laryssa Campaio disse que a truculência da polícia na dispersão da manifestação surpreendeu os manifestantes. “Muita gente nossa foi ferida, como nunca tinha acontecido”, disse em referência aos cinco pessoas que foram atingidas por balas de borracha ou estilhaços de bombas de gás. “Foi fora do normal, uma espécie de estado de sítio”, acrescentou sobre a repressão sofrida pela passeata.
Em nota divulgada na noite de ontem, a secretaria afirma que a repressão começou depois que um grupo de manifestantes incendiou montes de lixo e lançou pedras contra os policiais. Segundo o comunicado, um policial militar foi ferido e levado para receber atendimento médico. A SSP disse que não tem informações sobre a jovem atingida no olho.
Os manifestantes, que também pediam a saída do presidente Michel Temer, começaram a se concentrar na Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp) no início da noite. A passeata seguiu então pela Rua da Consolação, quando na altura do cruzamento com a Rua Maria Antonia, a Polícia Militar começou a usar bombas de gás para dispersar o protesto. Manifestantes regiram lançando rojões contra a tropa.
Durante a noite, a polícia continuou a reprimir os participantes do ato que se espalharam pelo centro da cidade. Também foram registradas diversas depredações, incluindo uma agência bancária na Rua da Consolação, uma viatura policial e a motocicleta de um cinegrafista.
FotógrafosDurante a ação policial, os fotógrafos Willian Oliveira e Vinicius Gomes foram detidos pela polícia. Vinícius Gomes afirma que seu equipamento de trabalho foi destruído durante a abordagem policial. Ambos permaneceram detidos até por volta das 5h de hoje.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP) ainda não informou à Agência Brasil o motivo das prisões ou se pronunciou sobre os dados ao equipamento de Vinicius.
Agência Brasil