Você já ouviu um som que ninguém mais escuta? Um chiado, apito ou zumbido constante nos ouvidos? Esse fenômeno, conhecido como zumbido ou tinnitus, é o foco da campanha Novembro Laranja, que busca conscientizar a população sobre esse sintoma que atinge cerca de 28 milhões de brasileiros — o equivalente a 1 em cada 5 adultos no país.
🔶 O zumbido não é uma doença, mas sim um sinal de que algo pode estar errado no organismo. Ele representa a percepção de um som sem fonte externa e pode ter diversas causas: perda auditiva, lesões no ouvido, problemas circulatórios, uso de certos medicamentos, entre outros.
🌍 No mundo, estima-se que 740 milhões de pessoas convivem com o problema, segundo estudo publicado na revista médica Jama Neurology.
👩⚕️ A otorrinolaringologista Lívia Noleto (foto) especialista em zumbido e otoneurologia pela USP, explica que o sintoma pode ser o primeiro sinal de perda auditiva. “O mau uso de fones de ouvido em volume alto, exposição prolongada a ruídos, jejum prolongado, excesso de cafeína e estresse são fatores que agravam o quadro. Quando o zumbido é contínuo ou frequente, é um alerta de que algo não está bem”, afirma.
🔎 Por ter múltiplas causas, o tratamento costuma ser multidisciplinar. O primeiro passo é procurar um otorrino para identificar a origem. A abordagem pode envolver aparelhos auditivos, terapias sonoras, fonoaudiólogos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, dependendo do caso. “Nosso objetivo é treinar o cérebro para que ele não perceba mais o zumbido como um som incômodo”, conclui Lívia.
📣 A campanha Novembro Laranja reforça a importância de buscar ajuda especializada e não ignorar esse sintoma que pode impactar diretamente a qualidade de vida.