A quinta edição do seminário Conexões Transnordestina – a ferrovia que mudará Pernambuco reuniu, nesta quinta-feira (15), em Caruaru, lideranças públicas, empresariais e representantes do setor produtivo do Agreste para discutir os impactos e oportunidades geradas pela construção do ramal pernambucano da Transnordestina, que ligará Salgueiro ao Porto de Suape.
📍 O evento foi promovido pela Sudene, em parceria com o portal Movimento Econômico, e reforçou o papel estratégico da ferrovia como vetor de transformação econômica, capaz de atrair investimentos, reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade das cadeias produtivas locais.
🗣️ O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, reafirmou o compromisso do Governo Federal com a execução do trecho pernambucano, destacando que o edital de licitação para retomada da obra — entre Custódia e Arcoverde — será lançado nas próximas semanas. Ele também mencionou a importância da interligação entre os portos de Cabedelo (PB) e Suape (PE) como parte de uma estratégia regional de expansão.
🚉 Outro ponto abordado foi o estudo preliminar para viabilidade do transporte ferroviário de passageiros, financiado pela Sudene. “O presidente Lula tem anunciado esse tipo de transporte no País. Nós, da Sudene, queremos apresentar um projeto factível, sintonizado com a capacidade de investimento do Estado”, afirmou Alexandre.
👕 Representantes do setor produtivo destacaram o potencial da ferrovia para verticalizar a produção, especialmente no setor têxtil. Segundo o economista Wamberto Barbosa, o estado produz 800 milhões de peças por ano, movimentando R$ 8 bilhões e gerando R$ 1,2 bilhão em ICMS só em 2024. “A ferrovia pode atrair indústrias e fortalecer ainda mais essa cadeia”, disse.
🚛 Para Ivânia Barbosa, da Associação Comercial de Caruaru, a Transnordestina representa uma política pública de mobilidade. Ela reforçou a necessidade de pressão política e engajamento da sociedade civil para garantir a conclusão da obra.
🏗️ A Sudene tem papel central na viabilização da ferrovia: no Ceará, é a principal financiadora via FDNE; em Pernambuco, atua como articuladora entre os entes federativos e políticas regionais. A conclusão do ramal está prevista para 2030, com expectativa de conectar os potenciais produtivos do Nordeste a mercados nacionais e internacionais.
📅 O ciclo de seminários já passou por Salgueiro, Petrolina, Araripina e Belo Jardim. O próximo encontro será em novembro, na Região Metropolitana do Recife.