Einstein e a Religião Cósmica: A Ciência Como Caminho Para A Espiritualidade
Por Mariângela Borba
Olá você leitor do #SendoProsperidade, tudo bem? Hoje, trago mais uma pauta instigante por aqui abordando a relação entre ciência e religião. Você já observou que as duas nunca se distanciaram? Houve períodos de conflito, como no caso de Galileu Galilei, mas também houve casos de colaboração e influência mútua. Muitos cientistas, ao longo da história, eram também pessoas religiosas e viam a ciência como uma forma de entender melhor a criação de Deus e chegamos a essa conclusão quando começamos a estudar sobre a vida das pessoas mais importantes do passado da ciência.
Todos eles, a exemplo do Newton, do Copérnico, que também era cônego (https://super.abril.com.br/historia/inspiracao-divina/), do Kepler (https://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/kepler-galileu-e-newton-cientistas-de-fe), do Einstein e, inclusive do polêmico Galileu, eram pessoas religiosas. Eles dedicaram o trabalho deles a Deus, viam a ciência como uma forma de compreender melhor a criação divina, de glorificar a Deus e entender melhor o mundo que Ele criou. Para eles, a religião era uma fonte de inspiração e motivação para as descobertas científicas. A ciência se trata de um veículo de transcendência: uma forma de chegar mais perto da noção abstrata de um Deus criador.
Quero abrir um parágrafo específico aqui para o Einstein, que também via a ciência como um caminho para a transcendência, embora não no sentido tradicionalmente religioso. Ele rejeitava o dogma religioso em si, mas abraçava uma “religião cósmica” enraizada no espanto e na humildade derivados da compreensão científica. Para ele, a ciência era uma forma de entender a natureza e o universo, que levava a um senso de transcendência (https://manyworlds.space/2016/01/15/einstein-cosmic-religion-and-me/).
Einstein acreditava que a busca pelo conhecimento científico poderia proporcionar uma espiritualidade acessível principalmente aos cientistas, enfatizando a interconexão de todas as coisas. Ele falava sobre experimentar uma realidade além do espaço, tempo, vida e morte, levando à sensação de “apenas ser” (https://usa.tm.org/blog/enlightenment/albert-einstein/).
Ele também enfatizava a importância de uma linguagem comum na ciência, vendo-a como uma ferramenta internacional para o raciocínio. Einstein acreditava que os conceitos científicos são criados através do esforço cooperativo e servem como um guia na compreensão do mundo. No entanto, ele alertava que o método científico por si só é insuficiente sem uma direção moral (https://www.transcend.org/tms/2015/05/einstein-on-the-common-language-of-science-in-a-rare-1941-recording/).
Algumas fontes sugerem que a crença desses cientistas em um criador foi fortalecida por seus próprios estudos científicos, não foi aleatoriamente, mas maravilhando-se com a complexidade do universo (https://thegoddebate.quora.com/Albert-Einstein-said-The-more-I-study-science-the-more-I-am-amazed-by-the-complexity-of-the-universe-and-the-more-I-believe-in-the-existence-of-a-creator).
E aí, depois de todas essas informações você é daqueles que acredita que fé e ciência sempre viveram em conflito ou que isso não passa de mito e que razão e religião sempre estiveram “amarradas” – muitas vezes com uma se alimentando da outra?
Eu, ainda sou daquelas que acredita que ambas têm validade, dependendo do contexto histórico e das crenças. A verdade é que a glória do mundo é passageira e não satisfaz os anseios do coração. Tornamo-nos aquilo que escolhemos, tanto no bem, quanto no mal. A vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e eternas. Escolhas banais levam a uma vida banal; escolhas grandes tornam a vida grande. A beleza das escolhas depende do amor.
Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire. Foi secretária executiva do MinC, secretária de Imprensa de Paulista (PE), membro do Conselho Municipal de Política Cultural e do Colegiado Nacional de Teatro, atuou como representante da Pastoral de Comunicação da AOR, onde realizou o Curso de Doutrina Social da Igreja e é membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, o também jornalista Edmundo Celso.
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