Uma simples dor de dente pode esconder riscos sérios à saúde, alertou o cirurgião-geral Dr. Juliano Borelli. Segundo o especialista, uma infecção dentária pode evoluir de um problema localizado, como a perda do dente, para complicações graves que afetam todo o corpo, podendo inclusive atingir a corrente sanguínea, o coração e o cérebro.
"É um erro pensar que dor de dente é algo simples. Uma infecção pode provocar abscessos, danos irreversíveis ao nervo e até levar à perda do dente. Mas o mais grave é quando a bactéria se espalha e compromete outros órgãos", afirmou Dr. Borelli.
Complicações além da boca
O cirurgião explica que, se não tratada a tempo, uma infecção oral pode causar complicações sistêmicas como a septicemia, uma infecção generalizada potencialmente fatal, ou a endocardite bacteriana, quando bactérias se alojam nas válvulas cardíacas. Em casos extremos, pode até levar à formação de abscessos cerebrais.
Os riscos incluem:
* Abscessos dentários: uma coleção de pus que causa dor intensa, inchaço e vermelhidão. O abscesso pode se espalhar para o pescoço e a face, comprometendo as vias respiratórias.
* Septicemia (infecção generalizada): quando a infecção entra na corrente sanguínea, causando febre alta, calafrios e confusão mental. Sem tratamento, pode levar à falência múltipla dos órgãos.
* Endocardite bacteriana: a bactéria chega ao coração e se aloja nas válvulas, o que é especialmente perigoso para pessoas com doenças cardíacas pré-existentes. Os sintomas incluem febre persistente, fadiga extrema e falta de ar.
Prevenção é a melhor saída
O Dr. Juliano Borelli reforça que a prevenção é o caminho mais seguro. A rotina de higiene bucal, com escovação adequada e uso de fio dental, e as consultas regulares ao dentista são essenciais para evitar problemas. Sinais de alerta como dor espontânea, inchaço, febre, mau hálito e sangramento na gengiva não devem ser ignorados.
"A saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral do organismo. Buscar atendimento imediato pode salvar não apenas um dente, mas também a vida do paciente", concluiu.