Rio de Janeiro/Brasil – O mês de junho é marcado pela campanha "Junho Violeta", dedicada à conscientização e combate à violência contra a pessoa idosa. A iniciativa reforça a importância da prevenção e do enfrentamento a diversas formas de agressão – como físicas, psicológicas, abandono e fraudes patrimoniais –, que muitas vezes são invisíveis, mas causam sérios impactos na saúde e dignidade dos idosos.
De acordo com Marcelle Lopes, especialista em Segurança Pública e professora de Direito da UNINASSAU Rio de Janeiro, o tema exige atenção não apenas das famílias, mas de toda a sociedade e do poder público. "Essa questão com as pessoas de mais idade está muitas vezes naturalizada no cotidiano, e é fundamental que todos saibam identificar os sinais e conheçam os canais de denúncia”, afirma a professora.
A violência contra a pessoa idosa pode se manifestar de diversas maneiras. A violência física engloba empurrões, tapas e maus-tratos. A psicológica se expressa por meio de insultos, humilhações e ameaças. A violência financeira e patrimonial é comum em casos de apropriação indevida de aposentadorias. Há também a violência institucional, que ocorre em hospitais ou instituições de longa permanência, quando a autonomia do idoso é desrespeitada ou ignorada, entre outras.
Marcelle Lopes ressalta a importância da observação social. “É fundamental que a sociedade esteja atenta ao ambiente em que o idoso vive e aos sinais que ele possa demonstrar por meio de mudanças de comportamento, como o isolamento social e sinais de depressão ou ansiedade. A atenção e o acolhimento podem ser decisivos para romper o ciclo da violência”, alerta.
Para denunciar casos suspeitos, a população pode procurar as delegacias distritais ou as especializadas na defesa do idoso em suas respectivas cidades. Além disso, o Disque 100, serviço gratuito e disponível 24 horas por dia, é um canal direto e de abrangência nacional para receber denúncias de violações de direitos humanos, incluindo as praticadas contra a população idosa.
