Recife – A cultura Fulni-ô ganha destaque em uma experiência sensorial e tecnológica com a exposição *"Toré Virtual: imersão no canto e dança de origem ancestral"*, que acontece no Museu Cais do Sertão até o dia 29 de junho. A mostra propõe uma imersão no ritual do *Toré de Buzo*, prática sagrada do povo Fulni-ô, e utiliza realidade virtual, hologramas e videoinstalações para recriar esse universo ancestral.
A exposição, que tem curadoria de Hugo Fulni-ô, Carol Berger e Rose Lima, teve sua abertura no dia 24 de maio, na Sala Pajeú, e conta com entrada gratuita. Entre os destaques estão dois filmes em realidade virtual que transportam os visitantes para o território do Ouricuri, além de hologramas inéditos, retratos 3D de mestres e jovens em movimento ritual e objetos tradicionais como maracás, xanducas e artesanatos produzidos pela comunidade Fulni-ô.
Além das obras digitais, a mostra inclui visitas guiadas acessíveis e rodas de conversa abertas ao público. De acordo com os organizadores, mais do que uma exposição, o *Toré Virtual* busca promover uma reconexão com saberes ancestrais que atravessam gerações e resistem como forma de afirmação cultural.
A exposição é realizada pelo Coletivo Fulni-ô de Cinema, o Lab Presença e a Experimento Produções, com incentivo da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, e do Governo Federal, através da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - PNAB Recife.
Os interessados podem visitar a mostra de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, e aos sábados e domingos, das 11h às 17h, com acesso pelo vão livre do Museu Cais do Sertão. Agendamentos podem ser feitos pelos contatos (81) 3182-8267 ou (81) 99625-9074.
