Um tributo à força feminina no forró nordestino. Assim pode ser definido o curta-metragem “A Voz é Feminina”, previsto para estrear ainda em 2025. Dirigido por Wanessa Pimentel, que também assina o roteiro, e com co-direção de Pedro Fillipe, o documentário mergulha no universo de três artistas fundamentais para a cena forrozeira do Agreste pernambucano: Renilda Cardoso, Leonora Moreno e a dupla Socorro & Mazé.
O filme acompanha o cotidiano dessas mulheres que, com talento e perseverança, mantêm viva a tradição do forró, enfrentando os desafios de um cenário predominantemente masculino. “São mulheres que carregam o forró na voz, no corpo e na história”, afirma Wanessa Pimentel. Para ela, a produção é um compromisso afetivo e político com trajetórias muitas vezes invisibilizadas.
Com cerca de 17 minutos de duração, o curta busca uma linguagem sensível e intimista, valorizando os detalhes da vida cotidiana e as emoções das protagonistas. As cenas misturam entrevistas, performances e momentos contemplativos, tudo costurado por uma fotografia que privilegia a delicadeza e a força dessas mulheres. “Desde o início, sabíamos que seria um trabalho especial”, relata o co-diretor Pedro Fillipe, também responsável pela direção de fotografia.
Produzido pelas empresas Noize Audiovisual e Dáblio_3, ambas sediadas no Agreste, o documentário é mais um exemplo do olhar contemporâneo que essas produtoras vêm trazendo para o audiovisual da região. “A Voz é Feminina” conta com apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco e do Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo.
