A explosão de uma bomba em um restaurante localizado em uma galeria de compras ligada à estação de metrô Escuela Militar, na capital chilena Santiago, feriu ao menos dez pessoas nesta segunda-feira (8).
"Às 14h um artefato explosivo foi detonado no centro (mini-shopping center) ao lado da estação de metrô, e no momento as investigações estão sendo feitas para determinar a origem", afirmou Mario Rozas, chefe de comunicação da polícia.
Duas pessoas ficaram gravemente feridas, afirmou um bombeiro, enquanto outras sofreram perdas de audição. Autoridades presentes no local da explosão disseram que um dos feridos era argentino.
Governo diz que ataque "tem todas as marcas de um ato terrorista"
"Este é um feito que tem todas as marcas de um ato terrorista", disse Alvaro Elizalde, ministro e porta-voz do governo. "Não há dúvidas. [O ataque] foi conduzido com a intenção de ferir pessoas inocentes", afirmou.
O governo deve acionar leis antiterrorismo – que garantem mais poderes aos promotores e permitem sentenças mais severas - disse Elizalde.
O ministro do Interior, Mahmud Aleuy, informou que a polícia acreditava que dois suspeitos armaram o dispositivo explosivo e fugiram em um carro. Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
O metrô opera normalmente após a explosão, embora a estação Escuela Militar estivesse fechada.
Correria
"Eu estava almoçando, ouvi o barulho e saímos para ver e vimos muita fumaça, pessoas correndo e gritando", disse Joanna Magneti, que trabalha no shopping center. "Um rapaz estava gravemente ferido e uma mulher tinha ferimentos na mão", afirmou.
Outra testemunha disse a um jornal local que ouviu "um barulho muito forte. Um pedaço de concreto caiu em cima de uma senhora. Disseram que muitas pessoas estavam caídas no chão".
Golpe de 1973
O Chile relembra nesta semana o 41º aniversário do golpe militar de 1973, que, com a ajuda do governo dos Estados Unidos, removeu do poder o presidente socialista Salvador Allende. Tradicionalmente a data é marcada por protestos.
Uma série de artefatos explosivos já foi instalada perto de bancos e delegacias de polícia nos últimos anos. Em um dos casos um membro de um grupo de anarquista foi morto e outro ficou ferido quando os dois tentavam acionar o dispositivo.
Em julho um artefato incendiário explodiu em um trem subterrâneo sem que ninguém ficasse ferido.
Portal UOL