A polícia de São Paulo prendeu na noite de ontem (17) o policial militar Adriano Fernandes de Campos, sargento da PM suspeito de ter sido o executor do adolescente negro Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, em Vila Clara, distrito do Jabaquara, zona Sul da capital paulista. Conhecidos do jovem alegam que ele foi levado por dois homens armados e, depois de horas, encontrado com ferimentos a bala, na cabeça e nas mãos. O jovem desapareceu na noite de domingo (14).
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a prisão e as investigações prosseguem pelo DHPP, com acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar.
A morte de Guilherme mobilizou a comunidade do bairro onde ele morava e, na noite de segunda-feira (15), houve uma manifestação no local, quando foram incendiados sete ônibus e outros três foram depredados.
Além desse caso, policiais militares de São Paulo foram flagrados, esta semana, em imagens que circularam pelas redes sociais, agredindo pessoas rendidas, no Jaçanã, na capital paulista, e em Barueri (SP).
Ontem (17) o governador João Doria disse que o governo paulista não será complacente com nenhum tipo de violência policial, de nenhuma ordem, sob qualquer justificativa.
“A avaliação do governo de São Paulo - e minha - é de que temos uma grande polícia, uma polícia eficiente e competente, a mais bem treinada e preparada do Brasil. O que não confere o direito a esta polícia, ainda que por poucos, de cometer equívocos, de cometer agressões ou de transgredir. [Para] aqueles que transgredirem [a lei], a orientação do governo do estado é de que eles serão afastados, julgados e, se culpados forem, que sejam penalizados, inclusive com expulsão da polícia”, afirmou Doria.
Agência Brasil