sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Camareira acusa atleta de Fiji de tentar agarrá-la em Vila Olímpica

Um atleta das Ilhas Fiji foi levado para prestar esclarecimentos no Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, na madrugada desta sexta-feira (19), após ser acusado por camareiras da Vila Olímpica de assédio. A informação foi confirmada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
G1 teve acesso ao depoimento das três camareiras e dos dois atletas de Fiji: Leone Nakarawa (foto) e Semi Tani Qerelevu Kunabuki, envolvidos na confusão. Eles estavam no Juizado Especial Criminal (Jecrim), na manhã desta sexta-feira (19), e participaram de uma audiência com uma promotora.
O caso foi registrado pela polícia como perturbação da tranquilidade e constrangimento ilegal.
Depoimentos
Uma das mulheres relatou à polícia que estava limpando o banheiro de um apartamento do edifício Ilha Pura quando ouviu sua colega de trabalho gritar "sai daí". Um homem negro, de 2 metros, teria ido em sua direção bloqueando a passagem. A camareira disse que o homem estava embriagado, que teve medo, e por isso começou a gritar.

Também em depoimento, outra camareira disse que um dos atletas a impediu de sair do quarto. Uma terceira camareira relatou que um homem foi em sua direção com intenção de agarrá-la.
Um dos atletas disse em depoimento que não teve contato físico com nenhuma camareira. Ele declarou que a porta de um apartamento estava aberta e ele entrou para saber o que estava acontecendo no quarto.
O esportista afirmou ainda que não entendeu o motivo de uma camareira ter começado a gritar. Pelo registro, havia um grupo de camareiras no corredor dos quartos no momento do ocorrido.
Outras ocorrências
No último dia 14 de agosto, uma camareira que trabalha na Vila dos Atletas, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, denunciou à polícia um atleta da delegação búlgara por agressão. Segundo depoimento da mulher à polícia, outras duas camareiras também foram agredidas. A investigação está sendo feita pela 42ª DP (Recreio). Uma das vítimas contou à polícia que elas iam para o quarto do atleta fazer a arrumação quando o homem saiu do quarto, aplicou um golpe contra ela e depois agrediu suas colegas de trabalho.

No dia 8 de agosto, o pugilista da Namíbia Jonas Junias Jonas, de 22 anos, foi preso por suspeita de estuprar uma camareira. O caso envolvendo o boxeador, que foi porta-bandeira de seu país na cerimônia de abertura da Olimpíada, ocorreu menos de uma semana após um atleta marroquino ter sido preso suspeito do mesmo crime na Vila Olímpica. De acordo com a camareira, Jonas tentou agarrá-la e beijá-la. Na denúncia, ela citou que o pugilista ofereceu dinheiro em troca de sexo. A vítima saiu correndo e procurou a polícia.

No dia 5, outro pugilista, o marroquino Hassan Sada, foi preso suspeito de estuprar duas camareiras na Vila dos Atletas. O atleta negou ter cometido o crime. A polícia informou que Sada chamou as duas camareiras como se quisesse pedir uma informação. Quando elas entraram no quarto para ver o que ele queria, o boxeador as atacou, apalpando uma das vítimas e apertando os seios da outra.

Segurança preso por estupro
O segurança Genival Ferreira Mendes, funcionário da empresa Gocil, que presta serviços ao Comitê Rio 2016, foi autuado em flagrante no dia 31, acusado de ter praticado ato libidinoso contra uma bombeiro civil. De acordo com informações do delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Marcus Vinicius Braga, a vítima dormia no alojamento do velódromo, no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio, quando foi atacada por volta das 4h30m.

O homem, encaminhado à 16ª DP por agentes da Força Nacional, segue detido e foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, uma vez que a vítima não poderia oferecer resistência, já que estava dormindo. O crime prevê pena de 2 a 6 anos de reclusão.
Portal G1